sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Morangos


Se vai pedir morangos para a sobremesa, peça que lhos preparem antes da refeição apenas com uma colher de chá de açúcar de preferência escuro, regados com sumo de limão. Mande guardar no frio, coma descansado e na hora da sobremesa os morangos estarão sublimes.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Peixe Grado E Fresco!




Mercado Municipal em Angra do Heroísmo

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Delícias De Infância

Bilhete Em Mão.


A seguir à tempestade vem a bonança. Nem sempre é bem assim mas o certo é que ficam cacos e desordem que por teima voltamos a arrumar e ordenar até ao vendaval seguinte.
Não é de certeza para nos pôr à prova qualidades. A orquestra já toca há milhões de anos. Somos apenas apanhados pela borrasca ou pela serena luz da manhã, nós e todas as outras criaturas. Todos fazemos questão em juntar os cacos e pôr a ordem que nos convém nas coisas de que dependemos para continuar a viver. Tudo fazemos para garantir a instabilidade das nossas formas e iludir o caos. Foi o que de melhor aprendemos. Por mim, já agora, faço-o com prazer enquanto puder.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Obras


Pavimentação com asfalto de algumas ruas no Plateau neste momento.

Cores Do Paraíso

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Irmão

Gostava que estivesses nesta noite aqui sentado a meu lado a ver estas imagens e falar de peixe, pesca, anzóis, mar e outros tantos prazeres da vida. Também eu não sei até quando vou conseguir enganar o tempo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ternuras


Ontem ao jantar, reduziram-se as luzes, acenderam-se velas, incensos, tilitaram copos de promessas com declarações à boca pequena, tocaram-se mãos, lábios e olhares, distribuiriam-se rosas verdadeiras, chocolates e camisinhas às cores e aos sabores para que a chama não se apague, porque é fogo que arde sem se ver.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Coisa Amar

Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.

Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.

Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como dói

desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.

Manuel Alegre

Eficiência E Pobreza... De Espírito

Definitivamente não gostamos muito de árvores e até pouco de plantas. Alguns chamam-lhes “pé-de-mato” outros só descansam quando as tiram do pé da porta. Basta ler esta peça jornalística para nos apercebermos que ninguém sente falta dessas extraordinárias criaturas mais donas do ar que respiramos do que nós. As árvores e demais plantas, no entender dos nossos eleitos municipais e associações de opinião servem apenas para ornamentar e dar despesa, circunscritas aos exíguos e ridículos “espaços verdes”.
Por mim, acho essa cultura admirável porque é capaz de nos dias de efeméride internacional dedicada às árvores mostrar eloquência na retórica e na cerimónia. Por enquanto as árvores não cabem nos programas partidários de gestão municipal nem suscitam a atenção de associações cívicas. Estou a falar da Cidade. Das árvores da Cidade. Uma Cidade despida de árvores é uma cidade triste e sufocante. É isto que aos poucos estão a fazer a esta mal amada Praia Maria cada vez com menos árvores. Agora que o negro betuminoso toma conta dos pavimentos num frenesim nocturno cheio de pressa, as árvores que ainda restam são abatidas sem dó nem piedade provavelmente para não incomodarem ou talvez muito provavelmente porque a sua madeira proporciona um bom momento de negócio. Para quem? Alguém deve saber, porque o silêncio colectivo é preocupante.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Muito Para Além Do PIB.

Referências que contribuíram para o estatuto de PDM.

- Quando desembarcaram nestas ilhas com o propósito de criar raízes, ninguém habitava este afortunado território cuja posição geográfica fez dele a maior plataforma da história humana de fluxo de pessoas entre continentes. A “salada” de culturas não permitiu a sedimentação de qualquer pretensão tribal ou não familiar.
- Desde muito cedo os que foram ficando tomaram pé no sentimento de uma identidade que os unia, uma espécie de código de vida colectivo para manter a sobrevivência.
- No século XIX essas memórias, vivências e costumes cruzados cristalizam definitivamente a identidade pela mão de brilhantes intelectuais, poetas e pessoas de espírito crítico e aberto.
- O desejo de um País saltitou pouco mais de um século e a Independência foi a conquista mais determinante depois do modo de vida, falar e pensar, se tornar Identidade.
- Apesar de dolorosa pelas ofensas causadas a muitos dos seus genuínos e bons filhos da terra, bastante mais por imperativos internacionais do que “luta de classes”, a Independência iniciou um penoso caminho contra o obscurantismo, a natalidade descontrolada, o analfabetismo e os alicerces – mesmo que frágeis – de uma economia possível.
- Os cuidados de saúde primários e a permissão limitada e assistida da interrupção voluntária da gravidez tiveram um papel preponderante para contrariar o agravamento da pobreza.
- Os emigrantes e as rabidantes, desde a alvorada do País abasteceram eficazmente os mais longínquos recantos onde viviam pessoas, mantendo o equilíbrio na sobrevivência possível, tarefa bem longe do alcance do Estado.
- Sucessivos governantes que, aparte considerações sobre corrupção e o oportunismo de muitos, souberam encaminhar o melhor possível, as dádivas, empréstimos e financiamentos internacionais, demonstrando cultura, boa educação, boa história e sobretudo certeza no futuro.
- Financiadores do País que souberam ultrapassar as limitações restritas das “ajudas” para se posicionarem como financiadores de projectos de desenvolvimento a sério, sem paternalismos.
- Políticos e homens de estado que têm sabido coabitar de forma aparentemente divergente mas pacífica dando ao País o ambiente sadio e seguro que tem hoje, próprio de um Estado de Direito.
- A terceira maior conquista do Povo Cabo-verdiano: a Universidade. O passo que lançou o País no caminho irreversível da modernidade. O parceiro nº 1 de qualquer boa governação futura.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Canções Infantis


Uma edição do ICL, mais uma sem data. Excelentes ilustrações de Luísa Queirós.

Fala Quem Sabe



"Não estamos à beira de qualquer catástrofe"

João Corte-Real, professor catedrático de meteorologia da Universidade de Évora

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Leitura Obrigatória


Porque desapareceram as quinze maiores civilizações na história da humanidade? Porque caiu o Império Romano?
Hoje, sessenta e cinco por cento da população humana nunca fez uma única ligação telefónica e um terço da humanidade não tem acesso à electricidade.
A cada ano que passa as reservas de petróleo no mundo aproximam-se a passos largos da curva do sino de Hubbert. Quem vai poder aguentar a escalada galopante dos preços do crude quando, nesta ou na próxima década, as reservas descerem imparáveis pelo lado posterior do sino? Poderemos dispor de alternativas?
É o que trata Jeremy Rifkin neste importante livro. O hidrogénio é o elemento mais abundante do universo, compõe 75% da sua massa e 90% das suas moléculas, 30% da massa solar. Usá-lo como fonte de energia daria à humanidade uma reserva virtualmente ilimitada. É para o que trabalham e pensam neste momento os gigantes que controlam o petróleo e a energia no mundo. Uma longa e difícil transição mas sem dúvida o advento de um admirável mundo novo, onde cada um poderá produzir a energia de que necessita e distribuir o excedente por uma rede compartilhada à semelhança da World Wide Web.
Até que se concretize esta ou outras formas produção e distribuição de energia capaz de safar toda a humanidade da insustentável pobreza em que vive, Rifkin reafirma o alerta para a necessidade de antecipação na inevitável passagem pela curva do sino de Hubbert que acontecerá nos próximos anos.
Assim, Cabo Verde não pode continuar a correr atrás do petróleo sem pôr em prática com a máxima urgência o recurso às grandes possibilidades de que dispõe para enfrentar a curva descendente do sino. O Sol, o vento, o mar e a terra, salvaguardando as conquistas económicas que já alcançou.
Durante tempos difíceis para a sobrevivência dos cabo-verdianos a comunidade internacional foi generosa com o envio de dádivas em forma de grãos . Mas durante uma crise energética e de disponibilidade internacional de petróleo ninguém nos dará um único barril do precioso crude, simplesmente aconselhar-nos-ão a desligar os motores. A nossa economia não suportará tal medida.
O melhor mesmo é seguir o exemplo dos nossos vizinhos na Macaronésia e arregaçar as mangas na produção de toda a energia alternativa que pudermos. O tempo não pára e mesmo quando chegar o hidrogénio é preciso estar preparado para recebê-lo.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Costumes e Cultura.

O Bom Dia



Eu gosto do dia domingo. Plateau onde a luz e o silêncio escorrem pelas encostas. Faz falta as árvores por companheiras, entre tantas coisas de que vive uma cidade. Ninguém se interessa. Cultura é outra coisa bem mais triste, por sinal. E a cidade aqui tão perto.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Grandes Viagens




Mercúrio - A "NASA-Messenger" chegou a 14 de Janeiro 2008, a viagem demorou 3 anos e meio, percorreu 3,2 biliões de quilómetros a uma velocidade cerca de 104 mil Km/h.



Viagem de circum-navegação - Fernão de Magalhães saíu de Espanha em 1519 comandando uma expedição com 5 navios e 250 homens, a viagem demorou 3 anos, regressou apenas um navio com 18 homens e sem Fernão de Magalhães.
Grandes viagens temos feito nestes últimos 480 anos. Grandes viagens estão por fazer.