domingo, 25 de janeiro de 2009

Vão-se Os Anéis Ficam Os Dedos!

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Esta notícia no Jornal A Semana assinada por Nicolau Centeio deveria ser encarada com preocupação, mas apesar de bem feita não tem esse efeito. Pelo contrário, até os presidentes de câmaras acham que o interesse de uma empresa europeia e outra americana, por enquanto, pelo óleo de Purgueira é motivo de regozijo e desenvolvimento para Cabo Verde.
Só o desprezo, ou talvez desconhecimento, pela História do País e pelo que se passa no mundo em matéria de energia e energias renováveis é que pode deslumbrar, edis, governo, oposição e algum “tecido” empresarial sempre de atalaia nas saborosas parcerias estratégicas.
De facto, deixar embarcar o óleo de Purga e ficar com as cascas só mesmo de quem não bate bem da cabeça em termos políticos, estratégicos para o desenvolvimento sustentado e independência económica do País.
Imagino a retórica vendida pelos representantes dessas empresas sobre o biodiesel, refinarias, aquecimento global e tantas outras tolices como se de uma complicada tecnologia se tratasse. O pessoal embarca nesse discurso predador esquecendo que o mais importante é o biodiesel para produzir energia e que para produzir biodiesel qualquer cabo-verdiano ou cabo-verdiana mesmo não sabendo ler ou escrever o pode fazer no barracão do quintal, na garagem ou em qualquer sítio arejado.
Os presidentes de câmaras, deputados, governo, oposição e “tecido” empresarial ainda não se deram contam, ou não querem, do gigantesco potencial que Cabo Verde tem, e sempre teve, para a produção de biodiesel. Potencial que poderia dar bom rendimento em dinheiro e uma vida melhor a muitos milhares de cabo-verdianos.
O endémico provincianismo que tolda a capacidade de iniciativa cabo-verdiana e deslumbra poderes, acomodados, com algumas ideias que dão à costa tem apenas como resultado ficarmos com as cascas e deixar que levem o óleo, isto no caso da Purgueira, mas nas pescas é a mesma coisa, levam o peixe e fica o mar, no turismo levam o dinheiro e deixam o lixo.
Cabo Verde tem que preservar melhor e com orgulho os seus anéis porque as gerações futuras vão precisar deles. Os tempos são de iniciativa por que se adivinham tempos muito difíceis para os mais fracos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Pão

Depois de muito tempo sem forno, a casanova recomeçou o fabrico de pão para consumo nas refeições. O pão que muitos clientes e eu já tinham saudades. Obrigado Pedro Novo pelo apoio técnico, obrigado Mestre Padeiro António Abreu. Quem sabe, sabe e não é difícil aprender. Basta querer e fazer bem feito.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Gaivota De Magma.

(Ilha do Fogo, vista do Porto Mosquito)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Janeiro.

Olhei agora para o calendário e para as horas. Não me enganei. São vinte e três horas do dia 9 de Janeiro de 1974. A noite está muito fria, chuvosa, mas o sótão está quente. Muitos livros, jornais, panfletos, papéis espalhados por todo o lado não deixam sair o calor. A máquina de escrever qwerty não é boa, mas serve. E os stencils são de má qualidade, mas servem também. E o poli copiador, cansado, já prestou muitos serviços à Navy. Os cigarros não têm filtro mas são óptimos, e quando acabam no maço reciclam-se no cinzeiro. Não há silêncios.
Alguns de nós ainda estão vivos. Argumentamos a vida e as ideias. Mas que noite fria é esta! Lá fora, no céu, não há estrelas. Não pode haver. Ainda não estamos em Abril.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bons Negócios.

Antes do aquecimento global.



Depois do aquecimento glogal.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Leituras


“Um Cisne Negro é um acontecimento altamente improvável que reúne três características principais: é imprevisível; produz um enorme impacto; e, após a sua ocorrência, é arquitectada uma explicação que o faz parecer menos aleatório e mais previsível do que aquilo que é na realidade. O incrível êxito do You Tube é um Cisne Negro, assim como o 11 de Setembro.
Por que razão não temos consciência do fenómeno dos cisnes negros antes da sua ocorrência? Parte da resposta, segundo Taleb, reside no facto de os seres humanos estarem absolutamente programados para aprender coisas específicas quando, pelo contrário, deveriam concentrar-se em generalidades. Somos portanto, incapazes de avaliar verdadeiramente as oportunidades, demasiado vulneráveis ao impulso de simplificar, narrar e classificar, para além de não sermos suficientemente abertos para recompensarmos aqueles que conseguem imaginar o “impossível”.”

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2008 Gratificante!




Para muitos não foi. Mas para nós foi.
Foi difícil e por vezes doloroso, mas foi um ano diferente para melhor em muitos aspectos. Trabalhamos, sonhamos e cimentamos muitas amizades. Inimigos a ter em conta são muito poucos ou nenhuns, é uma colecção sem graça. Não vamos perder tempo com lamentações, vamos atravessar 2009 com o mesmo empenho com que o fizemos em anos anteriores.
Cabo Verde é um País de muitas oportunidades. Só não vê quem não quer ou não dispensa comparações.
Desejamos ao mundo bons momentos de felicidade em 2009. Vamos fazer por isso!

Luzes, Sombras e Sons

Praça Afonso de Albuquerque, Praia, dia 30 à noite.