Património Histórico... e Natural.
Não se entende nem o abandono nem a “queixa” uma vez que o monumento é propriedade da Igreja Católica e esta realizou até obras (construção de um telheiro anexo em blocos) para a celebração da Eucaristia em dias de cerimónia religiosa.
Ficamos com a sensação de que a Diocese aguarda que o Estado, ou melhor, todos os contribuintes paguem as obras de restauro da ermida.
Em boa verdade o único responsável pelo estado de degradação e abandono daquela ermida é a Diocese. Este é um comportamento vulgar da Igreja Católica em muitos lugares: deixar degradar e pensar que pelo facto dos monumentos serem património cultural de todos passar para o Estado a responsabilidade da preservação de tais monumentos à custa do erário público.
Eu não me importo de contribuir para a reconstrução arqueológica daquela ermida e posterior reabertura ao culto religioso e o Estado também não se importará com certeza, mas é à Diocese quem compete a iniciativa, a responsabilidade e a obrigação de reconstruir, preservar e estimar tão importante referência histórica para todos nós.
Sobre o valioso e riquíssimo património natural, já aqui referido, daquele lugar em contraste com a pobreza dos seus habitantes nem uma única palavra. Talvez nem a RTP África nem a Diocese se tenham apercebido ainda do real valor e importância presente da Baía de Nª Senhora da Luz. A tutela? Também não. Por enquanto só os negociantes de areia estão atentos.