quarta-feira, 11 de julho de 2007

Palavra Na Moda

De repente tudo é “estruturante para a ilha”. Resortes sem fim, hotéis de grande dimensão, aldeamentos, casinos e até pequenos bunkers sem acesso autorizado. Ocupam-se praias, orlas marítimas, despejam-se pessoas com tudo pago e dá-se oportunidade aos mais pobres para ascenderem a proletários se quiserem, tudo em nome de empreendimentos que classificam de estruturantes. É uma viagem sem regresso e sem destino esta em que mergulharam o País por uma causa económica que em quase nada beneficia directamente as populações locais pela simples razão de que não é esse o objectivo de tais empreendimentos ficando-se apenas pelos tais “postos de trabalho” que tanto gostam de acenar.
Esta antiga forma de fazer turismo é de facto um tipo de empreendimentos com barbas brancas, caduco, antiquado, inimigo dos eco sistemas naturais mas por demais lucrativo e sobretudo canalizador de fabulosas quantias sem deixar cair um pingo por onde passam. Tudo legal, claro, mas não é isso que interessa. O que nos interessava a todos seria reinventar o futuro, não é fácil não, mas tudo o que podemos fazer está nas nossas mãos.