Mais Um Relatório.

Dos recursos (estruturas com as funções de entreposto) disponíveis em terra sabe-se que pouco ou nada funciona e algumas nunca chegaram sequer a ver um peixe depois de inauguradas porque foram oferecidas e a oferta não passou de propaganda política.
Apesar de muitos mapas e gráficos sobre os recursos haliêuticos e o esforço de pesca os próprios relatores têm muitas dúvidas e salvaguardas. É que para qualquer observador atento é mais do que evidente que os dados disponíveis, há anos, estão viciados uma vez que não existem registos sérios sobre as capturas em qualquer porto de pesca
O relatório recomenda que se continue a investigar e como inovação propõe que se reduza o esforço de pesca no sentido de preservar recursos naturais pagando aos pescadores artesanais para abandonarem a actividade criando um sistema que os reconduza para outras actividades profissionais.
Não tenho dúvidas que será uma boa solução para se esbanjar mais dinheiro em subsídios e serviços para distribuir esses subsídios, dando aos pescadores artesanais um recurso financeiro para além da pesca que passará a ser desportiva.
O que pode ser importante para preservar os recursos naturais é o desenvolvimento da aquacultura como concorrente sério da pesca artesanal ou outra. Um assunto que o relatório não refere.
A aquacultura é a ferramenta que pode desincentivar a pesca tradicional criando outras perspectivas de negócio familiar, combater a pobreza, poupar vidas e dinamizar o sector das pescas cronicamente falido.
O contrário da caça recolecção não é mudar de profissão, é mudar a relação com a natureza.
A aquacultura é o futuro das pescas no mundo, hoje 10% do que se consome do mar já provém da aquacultura e Cabo Verde com os seus
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