Step By Step
Ontem foi um dia em cheio. Assinámos o contrato de concessão do espaço em Porto Mosquito onde se há de concretizar o nosso projecto do peixe defumado e outras ideias. Coisa pouco ambiciosa, pequena mas perseguida há vários anos. O nosso objectivo é mesmo a exportação e havemos de o conseguir pese embora as dificuldades.
Interessante no entanto é constatar que o valor em dinheiro das intenções para se concretizar qualquer projecto dá direito a um acesso diferenciado à Administração Pública. Percebe-se porquê: querer aplicar uns milhares de contos não é a mesma coisa que investir milhões. Daí que no segundo caso o interessado começa logo por falar directamente com o Ministro, no primeiro caso começa por falar com o porteiro que além da natural curiosidade sobre o assunto que estamos a tratar quase sempre enuncia as palavras mágicas que caracterizam ainda e muito a Administração Pública que nos serve: saiu, viajou, está em reunião.
Nada que o Dr. João Serra, bem por dentro desta intricada máquina, não tenha escrito por diversas vezes acerca da viscosidade da Administração Pública. Velhas heranças e novos interesses pesam muito e pesarão cada vez mais no difícil desempenho de País de Desenvolvimento Médio que Cabo Verde exerce há 16 dias. Estou convencido que este novo estatuto vai exigir que se desatem muitos nós.
Por outro lado os grandes investimentos têm o condão de criar e alimentar pequenas actividades à sua volta, isto é, se as políticas forem bem definidas. Por exemplo, diz quem sabe que o turismo, sector de avultados investimentos, só é sólido, seguro e sustentável se o País produzir 20% do que come. Desta feita será obrigatório prestar outra atenção aos pequenos projectos e ideias. Bem sabemos que é mais espalhafatoso e mediático lançar a primeira pedra para a construção de uma torre com vinte andares do que plantar o primeiro pimentão numa pequena exploração de agricultura biológica. Por isso é urgente mudar a cultura de governar e administrar. Os ventos sopram de feição e vontade de remar não falta.
Interessante no entanto é constatar que o valor em dinheiro das intenções para se concretizar qualquer projecto dá direito a um acesso diferenciado à Administração Pública. Percebe-se porquê: querer aplicar uns milhares de contos não é a mesma coisa que investir milhões. Daí que no segundo caso o interessado começa logo por falar directamente com o Ministro, no primeiro caso começa por falar com o porteiro que além da natural curiosidade sobre o assunto que estamos a tratar quase sempre enuncia as palavras mágicas que caracterizam ainda e muito a Administração Pública que nos serve: saiu, viajou, está em reunião.
Nada que o Dr. João Serra, bem por dentro desta intricada máquina, não tenha escrito por diversas vezes acerca da viscosidade da Administração Pública. Velhas heranças e novos interesses pesam muito e pesarão cada vez mais no difícil desempenho de País de Desenvolvimento Médio que Cabo Verde exerce há 16 dias. Estou convencido que este novo estatuto vai exigir que se desatem muitos nós.
Por outro lado os grandes investimentos têm o condão de criar e alimentar pequenas actividades à sua volta, isto é, se as políticas forem bem definidas. Por exemplo, diz quem sabe que o turismo, sector de avultados investimentos, só é sólido, seguro e sustentável se o País produzir 20% do que come. Desta feita será obrigatório prestar outra atenção aos pequenos projectos e ideias. Bem sabemos que é mais espalhafatoso e mediático lançar a primeira pedra para a construção de uma torre com vinte andares do que plantar o primeiro pimentão numa pequena exploração de agricultura biológica. Por isso é urgente mudar a cultura de governar e administrar. Os ventos sopram de feição e vontade de remar não falta.
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