Períodos Complicados.
Quem ouve falar os responsáveis por resguardar a saúde pública em Cabo Verde fica convencido que está a ser travada um luta sem tréguas para melhorar as coisas. Mas não é assim, são centenas de tabuleiros e tachos pelas portas das escolas públicas, hospital, ruas, mercados, cruzamentos, cantos e recantos. Toda a gente bebe água pelo mesmo copo, os pauzinhos das fresquinhas cortados de caixas de fruta abandonadas, os pratos de sopa passados pela água dum balde e todo o tipo de guloseimas e comida que nem se sabe em que condições são confeccionadas. E se entrarmos no cais de pesca é preciso ter estômago, e se andarmos à volta do mercado municipal é preciso ter coragem.Não é preciso reprimir, mas também não é preciso disfarçar com discursos para iludir o Banco Mundial e garantir a gorjeta na “luta contra a pobreza”. A coisa não é fácil nem difícil, dá apenas trabalho, exige dedicação e sobretudo, citando Van der Hagen, pregar um prego de cada vez mas deixá-lo bem pregado. O pior é mesmo quando se aproximam as campanhas eleitorais. Esses períodos atraem muita porcaria.
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