As Contas Da Fortuna
Estão feitas. É o que se lê aqui. Já em 2009 (no ano que vem) as energias renováveis representarão 18% da produção energética do país. A isto chama-se andar depressa, tão depressa quanto ágeis a fazer contas devem ter sido aqueles que lucrarão pela frente e por detrás com negócios desta envergadura.
Todas as energias renováveis são excelentes apostas para Cabo Verde. Mas a maior aposta seria a definição dum modelo que mobilizasse a sociedade, os investigadores e os agentes económicos cabo-verdianos na redução da dependência dos combustíveis fósseis.
Mais importante do que nos preocuparmos em satisfazer o consumo desmesurado de energia que a indústria do turismo faz, seria talvez mais ajuizado definir a bitola a partir da qual a indústria turística tem por obrigação produzir energia como parte do que consome.
Mais importante do que o gigantismo dos parques eólicos seria mobilizar os cabo-verdianos para o estatuto de produtores e não apenas consumidores, democratizar a produção de energias alternativas para que as pessoas sintam o benefício directo que as energias renováveis podem trazer. Não sendo assim, apenas ganha o Estado que, vendo a factura dos combustíveis fósseis diminuir ficará com mais dinheiro para esbanjar nas suas despesas e ganharão seguramente os comerciantes de ventoinhas e fotovoltaicos.
Este menosprezo – não sei se intencional – pela capacidade dos cabo-verdianos em serem eles próprios os actores na renovação das energias, faz com que os governantes se esqueçam do papel preponderante que pode ter por ex. o mundo rural na produção de energia e diminuição da pobreza.
São dezenas de milhar de hectares que ocupados com Jatropha curcas podem ajudar a diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e garantir um sustento familiar rural mais eficaz do que qualquer outro paternal “programa de combate à pobreza”.
Se o negócio da energia for apenas substituir a forma de produzir deixando de fora a criatividade e a capacidade do povo cabo-verdiano ficando dependente de uma qualquer multinacional, mais vale optar pela energia nuclear. É de longe mais eficaz.
Todas as energias renováveis são excelentes apostas para Cabo Verde. Mas a maior aposta seria a definição dum modelo que mobilizasse a sociedade, os investigadores e os agentes económicos cabo-verdianos na redução da dependência dos combustíveis fósseis.
Mais importante do que nos preocuparmos em satisfazer o consumo desmesurado de energia que a indústria do turismo faz, seria talvez mais ajuizado definir a bitola a partir da qual a indústria turística tem por obrigação produzir energia como parte do que consome.
Mais importante do que o gigantismo dos parques eólicos seria mobilizar os cabo-verdianos para o estatuto de produtores e não apenas consumidores, democratizar a produção de energias alternativas para que as pessoas sintam o benefício directo que as energias renováveis podem trazer. Não sendo assim, apenas ganha o Estado que, vendo a factura dos combustíveis fósseis diminuir ficará com mais dinheiro para esbanjar nas suas despesas e ganharão seguramente os comerciantes de ventoinhas e fotovoltaicos.
Este menosprezo – não sei se intencional – pela capacidade dos cabo-verdianos em serem eles próprios os actores na renovação das energias, faz com que os governantes se esqueçam do papel preponderante que pode ter por ex. o mundo rural na produção de energia e diminuição da pobreza.
São dezenas de milhar de hectares que ocupados com Jatropha curcas podem ajudar a diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e garantir um sustento familiar rural mais eficaz do que qualquer outro paternal “programa de combate à pobreza”.
Se o negócio da energia for apenas substituir a forma de produzir deixando de fora a criatividade e a capacidade do povo cabo-verdiano ficando dependente de uma qualquer multinacional, mais vale optar pela energia nuclear. É de longe mais eficaz.
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