Sonhar Um País
Pensar e escrever em Outubro de 1974 que a tão desejada independência do povo cabo-verdiano deveria ser amplamente discutida, assimilada e referendada por toda a Nação, sem medo e sem ofensas, como um acto de inequívoca confiança na democracia e na vitória da Independência. Pensar e escrever em Outubro de 1974, há 33 anos, que a indústria turística, o desenvolvimento agrícola e industrial, a abertura ao investimento estrangeiro, o reencontro com a Nação cabo-verdiana seriam os alicerces de uma Independência de prosperidade. Escrever em Outubro de 1974, há 33 anos, que o País deveria dessalinizar água do mar, guardar a água da chuva e produzir energia eólica, quando só em 1986 foi montado o primeiro parque eólico em Portugal (na ilha do Porto Santo) e quando só agora, passados 33 anos, é que se discute a retalho sobre energias renováveis em Cabo Verde.
Pensar e escrever assim, em Outubro de 1974, foi sonhar com um País próspero e moderno. Foi sonhar com muito do que é Cabo Verde hoje.
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