sábado, 12 de setembro de 2009

Cuidado, Muito Cuidado.


A aquacultura tem um futuro promissor em Cabo Verde, de resto nenhum país com as condições naturais de Cabo Verde será dispensado na produção de alimentos do mar para satisfazer as nossas necessidades daqui por algumas décadas. Como não podemos pescar eternamente ao desbarato teremos de “inventar” a melhor maneira de criar peixes e plantas para alimentação tal como fizemos com outras espécies. Hoje ninguém caça galinhas, porcos ou perus, a não ser por desporto como se sabe.
No entanto há um problema que não devemos menosprezar, é a introdução de espécies não autóctones que poderão causar prejuízos visíveis no eco sistema a longo prazo, ou seja, muitos de nós já não estarão cá para comprovar os erros cometidos. No mundo são inúmeros os casos deste tipo de desastre. Por outro lado o mercado proveniente da aquacultura está em grande expansão, por isso concorrer nesses mercados só mesmo com uma grande imaginação e criatividade no que diz respeito a alguns produtos. Por exemplo só a China produz dois terços (em peso) da produção mundial. Isto não significa que não podemos produzir. Podemos e devemos, mas, na minha opinião, deveríamos olhar para as espécies que temos à nossa mão e que não são poucas. De todas elas é impossível que não haja duas ou três capazes de se reproduzir e engordar em cativeiro mesmo em mar aberto. Se o problema é o mercado não conhecer o produto, tanto melhor, teremos o caminho aberto para o convencer. Este seria um trabalho de ouro a desenvolver pelo INDP integrando o que há de bom nos nossos técnicos e biólogos em parceria com cooperações e investimento privado. A aquacultura é um daqueles sectores que pode criar e multiplicar muitas pequenas empresas e muita riqueza.
Oxalá o projecto em notícia vingue e que tenha um enorme sucesso. Cabo Verde, todos nós merecemos.

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