sexta-feira, 16 de março de 2007

Manuela Jardim


(clique nas imagens para as ampliar)

“Manuela Jardim nasceu em Bolama, Guiné, em 1949.

Licenciada em escultura pela Escola superior de Belas Artes de Lisboa, em 1975. Frequentou os cursos de gravura, têxteis e decoração da Fundação Ricardo Espírito Santo e serigrafia no Institut National D’Eduction Populaire de Paris.

De 1984 a 1989 exerceu funções de técnica de artes plásticas no FAOJ, sendo autora de vários cartazes de divulgação cultural daquele organismo. Integrou a equipa de representação de Portugal na Bienal dos Artistas dos países do Mediterrâneo, na Grécia em 1986 e na França em 1990.


É autora de dois selos e um bloco filatélico comemorativo da visita de sua santidade o Papa João Paulo II à Guiné em 1990, da serigrafia comemorativa do Centenário do Aquário Vasco da Gama em 1998 e do quadro que serviu de divulgação ao Colóquio “Océan: archipel d’archipels” do Instituto Franco-Portugais em 1999.”.

Esta é a apresentação feita no excelente catálogo publicado pela Verney – livraria.galeria municipal da Câmara Municipal de Oeiras em 2006 por ocasião da exposição colectiva que integrou obras da Pintora, de Luís Vasconcelos (fotografia), Pedro Cunha (fotografia) e Germano Almeida (literatura).

Sublinho o último parágrafo da introdução à exposição assinada por Francisco Fragoso: “ (…) Com efeito, todas as experiências arvoram uma profunda preocupação pelos processos estéticos e expressivos, advindo daí como corolário lógico uma imensa necessidade de investigar a própria linguagem, pois que ser artista é sinónimo de criação e edificação de novos horizontes e novas perspectivas à própria realidade… em suma e, acima de tudo, é a mensagem de um poético chamamento, pleno de virtuosismo, conducente ao fortalecimento entre a vida e a arte.”

Para uma outra exposição intitulada Mar de Afectos feita mais tarde no Convento de S. José, Nelson Eurico Cabral testemunhou escrevendo: “ (…) A insularidade está intimamente ligada à obra de M. Jardim (…); a sua infância foi habitada por velas que chegam e outras que partem. Só que um dia uma delas partiu e nunca chegou. O mar de afectos é também memória da dor insular no mar das esperanças.”.