sábado, 9 de junho de 2007

Tartaruga de Couro

Pedra de Lume - Ilha do Sal - 1989

SAN JOSÉ.- A tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), que permaneceu no planeta por 110 milhões de anos, está se extinguindo devido à ação do homem, revela um estudo de cientistas norte-americanos ao qual o Terramérica teve acesso. A pesquisa das universidades de Indiana e Drexel prova que subsistem pouquíssimos exemplares desta espécie, que conviveu com o mamute e o tiranossauro e sobreviveu a catástrofes planetárias, como os degelos. Em 1988, 1362 tartarugas desovaram em Playa Grande, na Costa Rica, o principal ponto de desova do Oceano Pacifico ocidental. Apenas 13 anos mais tarde, em 2001, somente 69 animais apareceram para deixar seus ovos. (…)

Hoje, em Cabo Verde, principalmente os mais novos têm uma consciência e uma atitude humana para com as tartarugas fruto de muitas campanhas de protecção destes animais e também da escola que tem educado as novas gerações. Os tempos já são outros e melhores.
No entanto, em surdina e à boca pequena, ainda se vende o famoso bargadjo de tartaruga com que a crendice diz tratar a falta de potência sexual nos machos e também os ovos indispensáveis para se recuperar de enfermidades prolongadas.

Mas o engraçado nestas histórias é que há pessoas importantes que até dizem ter canudo, distintas e muito aperaltadas, verdadeiros animais políticos, que acreditam e consomem estas coisas e até mesmo não dispensam uma bafa de tartaruga em reservados pouco iluminados e clandestinos talvez para não perderem as raízes culturais, só por este motivo de força maior e nenhum outro.

Há gente de morrer a rir.