A Tenda Dos Sonhos
Não é para chegar a Cabo Verde que centenas de pessoas dos países vizinhos se fazem ao mar numa viagem onde a morte também é um passageiro. Todos sabemos. Nesta terra ainda só há lugar para os sonhos de quem mora aqui. Ainda não vale a pena arriscar a vida por tão pouco. Contudo não tenhamos ilusões de que isso um dia possa acontecer por se tornar insuportável a vida nesses países.
Convém no entanto não esquecer que nesses países sempre houve pobreza e o sonho de se poder escolher e possuir o que se gosta. Mas nunca como agora as pessoas arriscaram tanto a vida por esses sonhos. Na base dessa desgraça não está tanto o voluntarismo dos que sonham mas mais a descoberta de um grande negócio por parte dos traficantes de pessoas. São eles que incentivam e tornam o sonho possível. Esses traficantes pensam mesmo que estão a contribuir para a felicidade dos que possam escapar, com um preço elevado é claro, primeiro em dinheiro, porque todos os sonhos devem ser caros para terem sabor, e depois talvez em vidas porque o destino assim o obriga. É um drama que ultrapassa os nossos valores.
Mas há uma coisa que não devemos esquecer, acima desses traficantes estão os governos dos seus países e são esses, em última instância, que incentivam os traficantes de pessoas com a governação que exercem.
Muito, mesmo muito, tem sido feito pela comunidade internacional (com dinheiro dos impostos de quem trabalha) para tentar criar melhores condições de governação nesses países, perdão de dívidas, doações e acordos sem fim e sem resultado prático. Nesses países o dinheiro sublima-se enquanto a pobreza se cristaliza. É pois urgente que mudemos de rumo e a primeira regra de ouro a exigir é a obrigação de quem recebe ter que prestar contas.
Cabo Verde fez muito bem o seu trabalho de assistência humanitária aos irmãos que foram encontrados à deriva e tem que continuar a fazer o que sempre fez melhor, aplicar os empréstimos e dádivas internacionais aonde forem destinados, prestando contas disso, deixando assim a pobreza perder folgo, desanimando os traficantes de almas. É também por esta simples razão que Cabo Verde parece tão diferente dos outros países da região.
Convém no entanto não esquecer que nesses países sempre houve pobreza e o sonho de se poder escolher e possuir o que se gosta. Mas nunca como agora as pessoas arriscaram tanto a vida por esses sonhos. Na base dessa desgraça não está tanto o voluntarismo dos que sonham mas mais a descoberta de um grande negócio por parte dos traficantes de pessoas. São eles que incentivam e tornam o sonho possível. Esses traficantes pensam mesmo que estão a contribuir para a felicidade dos que possam escapar, com um preço elevado é claro, primeiro em dinheiro, porque todos os sonhos devem ser caros para terem sabor, e depois talvez em vidas porque o destino assim o obriga. É um drama que ultrapassa os nossos valores.
Mas há uma coisa que não devemos esquecer, acima desses traficantes estão os governos dos seus países e são esses, em última instância, que incentivam os traficantes de pessoas com a governação que exercem.
Muito, mesmo muito, tem sido feito pela comunidade internacional (com dinheiro dos impostos de quem trabalha) para tentar criar melhores condições de governação nesses países, perdão de dívidas, doações e acordos sem fim e sem resultado prático. Nesses países o dinheiro sublima-se enquanto a pobreza se cristaliza. É pois urgente que mudemos de rumo e a primeira regra de ouro a exigir é a obrigação de quem recebe ter que prestar contas.
Cabo Verde fez muito bem o seu trabalho de assistência humanitária aos irmãos que foram encontrados à deriva e tem que continuar a fazer o que sempre fez melhor, aplicar os empréstimos e dádivas internacionais aonde forem destinados, prestando contas disso, deixando assim a pobreza perder folgo, desanimando os traficantes de almas. É também por esta simples razão que Cabo Verde parece tão diferente dos outros países da região.