terça-feira, 17 de junho de 2008

Pausa Para Obras

Depois do longo calvário dos papéis chegou a hora do tijolo. Enquanto o peixe não toma cor e cura vamos dando notícias. Mãos à obra!

sábado, 7 de junho de 2008

Hora Di Bai.

Uma breve ausência nos próximos dez dias. Fiquem bem, e haja saúde!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sim, Senhor Primeiro-ministro.

“Conforme disse, o mundo está a atravessar uma "profunda crise" nos domínios dos combustíveis, com os preços a atingiram "níveis insuportáveis", sobretudo para as pequenas economias, como Cabo Verde. "Por isso, todo os cabo-verdianos devem estar preparados. Há uma outra crise em gestação que é o aumento dos preços dos cereais", indicou.”
O que faz calafrios não são as frases. Basta mudar o nome do país e elas podem ser pronunciadas por qualquer primeiro-ministro. O discurso também é global, não é só a crise. O que faz arrepiar é que não se apontem soluções, não se mobilize o País. Quem parece não estar muito preparado para este campeonato é o governo. Já é tempo de arregaçar as mangas. Já estamos atrasados. Há discursos que precisam mesmo de dar a volta ao texto e... contar espingardas!

Jatropha curcas - o pequeno milagre que poderia ajudar Cabo Verde com milhões de litros de biodiesel e ajudar milhares de pobres a ficar menos pobres.

(para fazer ou ler um comentário clique no título, não sei porquê)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

E A Baía Ali Tão Perto.

Empresas portuguesas apoiam "Casa do Mar e das Tartarugas" em Praia Baixo.

Que se façam muitas casas do mar e das tartarugas por todo o lado e que se ofereçam computadores às dezenas. Encantado da vida! A causa das tartarugas, pelos vistos, rende bem. O que é mesmo difícil, muito difícil ao que parece é salvar o único e ultimo habitat de toda a Macaronésia, de bivalves conhecidos por caixinha que vivem mesmo ali ao lado em Baía de Nª Senhora da Luz.
Uma imensa riqueza que poderia safar da pobreza toda a população de Baía.
A Câmara de S. Domingos sabe disso porque já foi formalmente alertada por nós, o governo faz de conta que não sabe, os deputados estão ocupados com a crise política e os negociantes de areia vão e vêm vezes sem conta até que a areia acabe um dia.
A frase que mais encanta os beneméritos portugueses e outros é esta: "falta de recursos".


terça-feira, 3 de junho de 2008

Tratar Das Pessoas.

Sem rabidantes a Praia perderia parte da sua alma. Perderia ímpeto económico, cor, vida e algum do seu sentido. Seria outra cidade, naturalmente com outra vida. Há milhares de cidades que não têm rabidantes. Mas esta tem. Não é necessário bajular o facto com estátuas do tipo troglodita homem de pedra nem fazer kultura do tema. As rabidantes inventaram-se a si próprias porque têm de viver e fazem-se necessárias. Está tudo dito.
O que nunca aconteceu foi uma eficiente regulação que vá de encontro aos seus interesses e aos interesses da cidade. O douto discurso de algumas pessoas bem de vida, vê no comércio informal um mal e não uma mais valia, o que é desde logo um erro. Não há muitas nem poucas rabidantes, apenas as que o mercado suporta, apenas a quantidade que permite o dinheiro que circula a cada dia.
Entre não ganhar nada e catar um tostãozinho mais vale a pena arriscar. Está bem visto. Não havendo indústria, agricultura e serviços que absorvam tanta gente (nova e feminina) sem qualificação mesmo que precariamente, o melhor mesmo é rabidar a vida, um dia de cada vez, sem que nada disso seja combinado ou planeado com o Estado. É a ordem natural das coisas pela sobrevivência. É a criatividade a sobrepor-se à revolta e à pobreza.
Promover as rabidantes ou persegui-las não tem pilhéria. O que não é um erro é impor algumas condições no sentido de as proteger e de proteger a saúde pública e a cidade.
É imperativo que se proíba a venda de carne exposta pelas ruas, seja peixe, vaca ou cabra. Mas não vejo mal nenhum que peixeiras vendam pelas portas “peixe de cabeça” e cavala esviscerados e sem guelras, coberto com gelo. Como é imperativo que se reconstrua o mercado municipal no Plateau com um segundo piso em anel e que os espaços para venda de peixe e carne “tripliquem” de tamanho e sofram transformações radicais.
É imperativo que se desocupem os passeios. Mas é imperativo que em alguns sítios considerados estratégicos pelas rabidantes se retire um metro e meio ao estacionamento dos carros, que não dão dinheiro a ganhar a ninguém, se coloque uma protecção em aço inox ao longo da rua para que as rabidantes possam vender livremente os seus produtos em segurança e sem ocupar os passeios.
Não deve ser permitida a venda de água ao copo, mas a Câmara deve colocar postos de venda de água fresca em muitas esquinas com copos descartáveis de papel reciclado e concessionar o negócio a quem o faz de momento com um garrafão na mão e um único copo.
Não se deve proibir a venda de sopa em alguns locais na rua, o “café” de centenas de pessoas que só têm uma cinquentinha para comer, mas deve-se exigir que a mesma esteja sobre um fogareiro com brasas para permanecer a uma temperatura superior aos 60ºC e os pratos e colheres não devem ser reutilizados mas sim financiados da mesma forma como são as seringas descartáveis. É mais barato do que tratar hepatites, tuberculose e um sem número de infecções.

Enfim, tanta coisa pode mudar para melhor sem perseguições cretinas, com autoridade mas com diálogo, educação e trato democrático. Sobretudo imaginação.


domingo, 1 de junho de 2008

A Turminha


O Colégio A Turminha antecipou a festa e promoveu um convívio para comemorar o dia de hoje, o dia da criança, numa propriedade que serve de espaço social à Polícia de Ordem Pública (POP), em Achada Colaço. Desta feita ontem foi dia grande para a criançada que impôs uma monumental e saudável desordem que fez transbordar a piscina de alegria. Uma boa ideia do Colégio, um excelente espaço e um belo dia. Mas hoje continuará a ser um dia triste para muitos milhares de crianças bem próximas de nós. Muitas, talvez a maioria, são vítimas de uma enraizada cultura de desprezo e abandono por parte dos machos progenitores e de vitimação por parte das fêmeas. Qual falta de respeito, qual vergonha? “Deus é pai!”. Também eles não tiveram oportunidade de ser crianças. Também aqui se mudam os tempos, para melhor. Parte dessa mudança está nas nossas mãos, enquanto formos vivos, claro.

(Clique na imagem para ampliar)