quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Identificação
Camarão da Baía de Nª Senhora da Luz
"(...)Os camarões são pertencentes à espécie Farfantepenaeus notialis (Pérez Farfante, 1967) anteriormente conhecido como Penaeus notialis e cujo nome vulgar é southern pink shrimp (também conhecido como gamba-de-angola). Ocorre da Mauritânia a Angola e dos 3 aos 700 m de profundidade, por isso a sua presença em Cabo Verde não pode ser considerada invulgar. Se precisar de mais informação, estarei ao dispor.
Cumprimentos, Antonina"
(Inst. Nacional de Recursos BiológicosIPIMAR)Obrigado Pedro Pousão.
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A Reboque? Para Quê?
Finalmente o tema da aquacultura como mais uma possível actividade geradora de riqueza parece estar a ser apontada pelo governo como importante.
Não vejo com bons olhos, já escrevi, a introdução de espécies estranhas à biodiversidade autóctone do País, nem me parece inteligente andar a reboque do que toda a gente faz para o mercado internacional.
Como se sabe a aquacultura dirigida ao camarão e à lagosta requer um enorme investimento que só terá retorno com produções igualmente enormes. Apesar de Cabo Verde dispor de uma importante costa marítima, a maior parte da sua configuração não permite determinado tipo de aquacultura numa escala rentável.
Por outro lado não sei por que razão teremos que entrar na aquacultura por uma via megalómana. Por que razão tem de ser a lagosta e o camarão, animais que toda a gente faz no mundo e em proporções gigantescas. Por que razões terão que ser os chineses a “avaliarem” as potencialidades e não os nossos jovens biólogos a irem ver e aprender na China, no Brasil, na Tailândia, no Japão.
A aquacultura em Cabo Verde só terá importância se conduzir à proliferação de pequenas explorações criando centenas de pequenos produtores nas zonas ribeirinhas e pequenas indústrias de transformação a partir de espécies locais. Para isso é preciso mobilizar os nossos recursos humanos científicos por poucos que sejam.
Podemos ouvir, ver e ler, mas têm que ser os cabo-verdianos a conduzir e a definir a estratégia e os objectivos para o sector, sem complexos nem deslumbramentos sob pena deste ser mais um sector condenado a não dar certo e onde poucos, sempre os mesmos, tirarão proveito.
Não vejo com bons olhos, já escrevi, a introdução de espécies estranhas à biodiversidade autóctone do País, nem me parece inteligente andar a reboque do que toda a gente faz para o mercado internacional.
Como se sabe a aquacultura dirigida ao camarão e à lagosta requer um enorme investimento que só terá retorno com produções igualmente enormes. Apesar de Cabo Verde dispor de uma importante costa marítima, a maior parte da sua configuração não permite determinado tipo de aquacultura numa escala rentável.
Por outro lado não sei por que razão teremos que entrar na aquacultura por uma via megalómana. Por que razão tem de ser a lagosta e o camarão, animais que toda a gente faz no mundo e em proporções gigantescas. Por que razões terão que ser os chineses a “avaliarem” as potencialidades e não os nossos jovens biólogos a irem ver e aprender na China, no Brasil, na Tailândia, no Japão.
A aquacultura em Cabo Verde só terá importância se conduzir à proliferação de pequenas explorações criando centenas de pequenos produtores nas zonas ribeirinhas e pequenas indústrias de transformação a partir de espécies locais. Para isso é preciso mobilizar os nossos recursos humanos científicos por poucos que sejam.
Podemos ouvir, ver e ler, mas têm que ser os cabo-verdianos a conduzir e a definir a estratégia e os objectivos para o sector, sem complexos nem deslumbramentos sob pena deste ser mais um sector condenado a não dar certo e onde poucos, sempre os mesmos, tirarão proveito.

Balistes vetula (Linnaeus, 1758)
Um peixe por enquanto sem valor comercial, relativamente abundante nas nossas águas. Com uma carne magnífica e uma pele de muitas utilidades. Quem disse que esta não será uma excelente aposta para o País?
Postado por canoa às 11:53
Marcadores: Aquacultura
sábado, 19 de setembro de 2009
Em Cheio.

sábado, 12 de setembro de 2009
Cuidado, Muito Cuidado.
A aquacultura tem um futuro promissor em Cabo Verde, de resto nenhum país com as condições naturais de Cabo Verde será dispensado na produção de alimentos do mar para satisfazer as nossas necessidades daqui por algumas décadas. Como não podemos pescar eternamente ao desbarato teremos de “inventar” a melhor maneira de criar peixes e plantas para alimentação tal como fizemos com outras espécies. Hoje ninguém caça galinhas, porcos ou perus, a não ser por desporto como se sabe.
No entanto há um problema que não devemos menosprezar, é a introdução de espécies não autóctones que poderão causar prejuízos visíveis no eco sistema a longo prazo, ou seja, muitos de nós já não estarão cá para comprovar os erros cometidos. No mundo são inúmeros os casos deste tipo de desastre. Por outro lado o mercado proveniente da aquacultura está em grande expansão, por isso concorrer nesses mercados só mesmo com uma grande imaginação e criatividade no que diz respeito a alguns produtos. Por exemplo só a China produz dois terços (em peso) da produção mundial. Isto não significa que não podemos produzir. Podemos e devemos, mas, na minha opinião, deveríamos olhar para as espécies que temos à nossa mão e que não são poucas. De todas elas é impossível que não haja duas ou três capazes de se reproduzir e engordar em cativeiro mesmo em mar aberto. Se o problema é o mercado não conhecer o produto, tanto melhor, teremos o caminho aberto para o convencer. Este seria um trabalho de ouro a desenvolver pelo INDP integrando o que há de bom nos nossos técnicos e biólogos em parceria com cooperações e investimento privado. A aquacultura é um daqueles sectores que pode criar e multiplicar muitas pequenas empresas e muita riqueza.
Oxalá o projecto em notícia vingue e que tenha um enorme sucesso. Cabo Verde, todos nós merecemos.
No entanto há um problema que não devemos menosprezar, é a introdução de espécies não autóctones que poderão causar prejuízos visíveis no eco sistema a longo prazo, ou seja, muitos de nós já não estarão cá para comprovar os erros cometidos. No mundo são inúmeros os casos deste tipo de desastre. Por outro lado o mercado proveniente da aquacultura está em grande expansão, por isso concorrer nesses mercados só mesmo com uma grande imaginação e criatividade no que diz respeito a alguns produtos. Por exemplo só a China produz dois terços (em peso) da produção mundial. Isto não significa que não podemos produzir. Podemos e devemos, mas, na minha opinião, deveríamos olhar para as espécies que temos à nossa mão e que não são poucas. De todas elas é impossível que não haja duas ou três capazes de se reproduzir e engordar em cativeiro mesmo em mar aberto. Se o problema é o mercado não conhecer o produto, tanto melhor, teremos o caminho aberto para o convencer. Este seria um trabalho de ouro a desenvolver pelo INDP integrando o que há de bom nos nossos técnicos e biólogos em parceria com cooperações e investimento privado. A aquacultura é um daqueles sectores que pode criar e multiplicar muitas pequenas empresas e muita riqueza.
Oxalá o projecto em notícia vingue e que tenha um enorme sucesso. Cabo Verde, todos nós merecemos.
Postado por canoa às 10:30
Marcadores: Aquacultura
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)