Prazeres De Neptuno

O Palácio-Sepúlcro

Uma visita ao palácio de Robert Mugabe

(Via Kontratempos)

Adivinha

Consta que a área disponível para o cultivo da Purgueira em Cabo Verde para a produção de biodiesel ultrapassará os 80.000 ha. Pergunta: quanto vai render a indústria do mel de abelha?

Nem Mais Nem Menos

Biodiesel saída para África, diz presidente de Cabo Verde

Prazeres De Neptuno

Caranguejo de Baía de Nª Senhora da Luz

Prazeres De Neptuno

Camarão de Baía de Nª Senhora da Luz

Silêncio. Eterno Silêncio.

Prazeres De Neptuno

Fundamental.

Para esta nossa Acanthocybium solandri (Serra) que se há-de defumar daqui por três dias, o tempero é também, como canta Heavy H numa bonita canção a propósito de um tema de amor: Fundamental!

Aniversário

A boneca da Catarina fez anos. Parabéns e longa vida!

Fios Da Vida

Sempre houve mentes prodigiosas. Mesmo entre as outras espécies que concorriam connosco num tempo em que vivíamos todos “presos por um fio”. Nós os sapiens sapiens sobrevivemos bafejados pela sorte de todas as improbabilidades. Podiam, hoje, coabitar muitas espécies mas não aconteceu. Ficamos só nós. Herdamos, de certeza, características comuns: a inquietação, a dúvida e o sonho. Todos nós estamos presos pelos fios das nossas vidas. Pelos fios de longínquos passados. Esta história de Stanislaw Lem sempre me fascinou.

Prazeres De Neptuno.

Serra defumada

Em Frente Cabo Verde!

Acabou, hoje, o Fórum Parlamentar “Segurança Energética, Energias Renováveis e Desenvolvimento”, um primeiro grande passo para o País se encontrar com o mais importante sector da economia pela urgência de atenção: a energia.

Não esteve uma plateia concorrida e tirando as duas mais importantes intervenções na minha opinião, a do Director Geral da Energia e a do Eng. José Furtado, a plateia e os conferencistas andaram um pouco “aos papéis”. Mas foi um Fórum da maior importância até pela sinceridade de alguns deputados que declararam ser a primeira vez que estavam a reflectir sobre o assunto.

Nada ficará como dantes, nem ninguém a partir de hoje na Casa Parlamentar ficará indiferente à “revolução verde” que importa proclamar. Do mesmo modo não estou certo acerca da disponibilidade do governo e em especial do Ministro da Economia que parece caminhar “ao lado” da questão. Mas talvez seja apenas, oxalá que sim, uma infundamentada incerteza minha.

Uma coisa é certa, como sempre defendi, o biodiesel do óleo de Purgueira é sem dúvida a alternativa “mais à mão” e a mais real a curto prazo entre todas as outras – a possibilidade de produzir 8.000 t/ano de biodisel a partir dos próximos 5 anos, é obra. E a acrescentar ao benefício energético que a Purgueira proporciona, podemos escrever o seu enorme benefício económico para as populações rurais. Do céu e da terra não poderia vir melhor!

A Assembleia Nacional está de parabéns pela iniciativa. Em frente Cabo Verde! Outras gerações estão a caminho e esperam muito mais de nós!

Energias Renováveis

Num artigo de opinião publicado aqui, Paulo Mendes chama a atenção de alguns assuntos interessantes agora que a discussão sobre as energias alternativas em Cabo Verde – discussão que começa a dar os primeiros passos – ganha maior atenção por parte da imprensa, o que é muito bom para o País. Das referências feitas por Paulo Mendes, a que aponta o estado da Electra é de veras preocupante na medida em que adiantar a implantação de parques eólicos para despejar energia na babel que é a rede da Electra pode significar acrescentar mais problemas em vez de os resolver.
Por outro lado não é menos preocupante o pouco nível de competência e sensibilidade do nosso ministro da economia para as questões da energia. Raríssimas, muito raras são as vezes que o Conselho de Ministros “fala” sobre o assunto e isso diz tudo num País onde a energia depende 95% dos combustíveis fósseis.
Que Cabo Verde tem um potencial invejável para o aproveitamento de energias alternativas ao petróleo a que se pode acrescentar o indispensável envolvimento da Universidade, ninguém (muita gente) parece ter dúvidas. A dúvida reside mais na eficiência política porque até mesmo a oposição faz ouvidos de mercador ou ainda não pensou no assunto.

Boas Notícias

(Jatropha curcas)

"Segurança energética, energias renováveis e desenvolvimento"

Os Inimigos

A Capital, a Cidade, a Praia ao longo do tempo que a viu nascer, crescer e brilhar sempre aturou muitos inimigos. Erosões, vírus, bactérias, buracos, lixo, escuridão, desabamentos, abandono, esgotos entupidos, águas fétidas, poluição, barulho, incompetência. Mas, de longe, o pior dos inimigos tem sido a ignorância. As árvores, esses monumentos à Vida, têm sofrido os piores maus-tratos. A cidade, despida e mutilada, por vezes, parece chorar em silêncio.

Sem Ofensa Para os Criacionistas.

O Pikaia, o primeiro cordado conhecido do Xisto de Burgess. Notam-se as características do nosso filo, o notocórdio, ou eixo central compacto ao longo do lado dorsal, que evoluiu para a nossa coluna vertebral, as bandas musculares em ziguezague (desenho de Marianne Collins)

"(...) O Pikaia é o elo que faltava e o elo final na nossa história da contingência - a ligação directa entre a dizimação de Burgess e a eventual evolução humana. Não precisamos de mais conversa sobre assuntos marginais aos nossos interesses directos - mundos alternativos povoados de vermes em forma de pequenos pénis, de artrópodes marreliformes, onde, em contrapartida, não existem mosquitos, ou de temíveis anomalocarídeos devorando peixes. Rebobinemos o filme da vida até à época de Burgess e voltemos a passá-lo. Se o Pikaia não sobreviver, seremos varridos da história - todos, do tubarão ao cuco e do cuco ao orangotango. E não creio que nenhum jogador de Burgess apostasse grande coisa na sobrevivência do Pikaia.
Portanto, se quisermos fazer a tal pergunta que atravessa todos os tempos - por que existe o homem? - , uma parte essencial da resposta, que toca os limites da explicação científica, deverá ser: porque o Pikaia sobreviveu à dizimação de Burgess."

Stephen Jay Gould - O Xisto de Burgess e a Natureza da História

(A dizimação de Burgess ocorreu há 530 milhões de anos)

O Silêncio Vale Ouro.

Numa interessante “carta ao leitor” da autoria do Editor no último número do JCV, Fábio Murakawa, são apontados dois casos de silêncio oficial perante a denúncia do roubo e negócio de água por parte de alegados funcionários da Electra e o calvário de chatices para quem, depois de pagar, necessita dos serviços do INPS. O Editor tem razão, são só apenas dois casos entre dezenas que vão desde o conhecido roubo de energia eléctrica, negócio de peças com equipamentos do Estado, combustível, utilização indevida de viaturas, concursos públicos viciados e muitos outros. O relatório da ADA confirma esta fraude com a água mas quanto ao resto fica-se apenas pelo diz-se porque a fiscalização é quase nula.
Percebe-se pois porque é tão difícil mudar as apregoadas mentalidades e com elas o estado de pobreza, não fosse esse fado o sustento em poder e dinheiro de milhares de pessoas. O silêncio vale ouro. Quanto mais Estado mais silêncio.

Mistério

O que terá acontecido ao cometa Holmes?

Cabecinha Pensadora

A ONU está mesmo a precisar de uma limpeza em larga escala para ajudar a diminuir "os crimes contra a humanidade"

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