quarta-feira, 30 de abril de 2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
O Poeta Não Está Sozinho.
Alegria E Mágoa
Comemorar um século e meio é motivo de alegria. Ao contrário das pessoas, com a idade uma cidade vai ficando mais forte, bela e as suas partes mais antigas orgulhosamente preservadas. Por isso uma cidade capital precisa de pessoas cultas e nobres para a dirigirem como uma pessoa precisa de pão para a boca.
Nem sempre esta mal amada cidade teve essa sorte. Nem refiro a imensa infecção clandestina da cor dos tijolos de cimento que a cercam, nem tudo o resto que entristece os seus filhos.
Refiro-me à pobreza das comemorações que se dizem oficiais neste dia de hoje.
Talvez seja mesmo o reflexo do seu desânimo cultural. Não há teatro, não há cinema, não há orquestra filarmónica, não há coro, não há conferências, nem pubs decentes, nem parque de diversões, nem luz, nem exposições, nem concertos (de música), nem espectáculos e cada vez há menos árvores.
Ás vezes, em dias de silêncio, quando passeio pelas ruas do Plateau parece-me ouvir a Cidade clamar pelos seus mais nobres filhos. Que respondam quanto antes!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
As Contas Da Fortuna
Todas as energias renováveis são excelentes apostas para Cabo Verde. Mas a maior aposta seria a definição dum modelo que mobilizasse a sociedade, os investigadores e os agentes económicos cabo-verdianos na redução da dependência dos combustíveis fósseis.
Mais importante do que nos preocuparmos em satisfazer o consumo desmesurado de energia que a indústria do turismo faz, seria talvez mais ajuizado definir a bitola a partir da qual a indústria turística tem por obrigação produzir energia como parte do que consome.
Mais importante do que o gigantismo dos parques eólicos seria mobilizar os cabo-verdianos para o estatuto de produtores e não apenas consumidores, democratizar a produção de energias alternativas para que as pessoas sintam o benefício directo que as energias renováveis podem trazer. Não sendo assim, apenas ganha o Estado que, vendo a factura dos combustíveis fósseis diminuir ficará com mais dinheiro para esbanjar nas suas despesas e ganharão seguramente os comerciantes de ventoinhas e fotovoltaicos.
Este menosprezo – não sei se intencional – pela capacidade dos cabo-verdianos em serem eles próprios os actores na renovação das energias, faz com que os governantes se esqueçam do papel preponderante que pode ter por ex. o mundo rural na produção de energia e diminuição da pobreza.
São dezenas de milhar de hectares que ocupados com Jatropha curcas podem ajudar a diminuir a dependência dos combustíveis fósseis e garantir um sustento familiar rural mais eficaz do que qualquer outro paternal “programa de combate à pobreza”.
Se o negócio da energia for apenas substituir a forma de produzir deixando de fora a criatividade e a capacidade do povo cabo-verdiano ficando dependente de uma qualquer multinacional, mais vale optar pela energia nuclear. É de longe mais eficaz.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
A Surpresa do Kapa
terça-feira, 22 de abril de 2008
Arthur Clarcke
Postado por canoa às 07:15
Marcadores: Astronomia, Ciência
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Reservas Pouco Naturais
Ontem pela 2ª vez, que eu tivesse visto, a televisão pública rodou um documentário sobre ambiente e reservas naturais
No entanto o uso e abuso de filtros para distorcer as cores das imagens é uma coisa sem pés nem cabeça. Assim como a música perfeitamente dispensável ao longo de quase todo o programa. Mais parece um vídeo clipe em que o importante não é a mensagem mas a salada de efeitos áudio visuais.
Foi pena porque o assunto é de veras importante. E foi pena mais uma vez o incompreensível esquecimento do maior habitat natural de bivalves de toda a Macaronésia, Nª Senhora da Luz, que ainda não ganhou o estatuto de reserva natural. Porque?
quinta-feira, 17 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Aquecimento Global
Há quarenta milhões de anos que o profeta Al Gore não se cansa de avisar: salvem o planeta! Naquele tempo as baleias não lhe deram ouvidos e... olha deu nisto.
terça-feira, 15 de abril de 2008
Kultura Torresminha
Nada resta para a Cultura. Nem um só tostão para uma banda filarmónica afinada ou sequer para o ensino da leitura e escrita musical, artes cénicas e tantas coisas fora do alcance das crianças. Aqui e ali e apenas com o entusiasmo das crianças, a paciência dos pais e a dedicação de alguns educadores que trabalham em condições deploráveis se vê sinais de Cultura. Se ao menos a kultura servisse torresminha sem kabelo, já era bom. Mas nem isso.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Pontos Nos Is
Porém, três olimpíadas foram suspensas devido às guerras mundiais e três versões consecutivas foram boicotadas por muitos países (Montreal 1976, Moscou 1980, Los Angeles 1984).
Na única olimpíada realizada fora do mundo capitalista (Moscou 1980) não participaram cerca de 65 nações (como EUA, China, nações do Cone Sul etc.). Porém, a versão que Hitler manipulou em Berlim (1936) foi até então a que congregou mais países.
As próximas olimpíadas serão as segundas feitas numa ‘república comunista’, mas hoje não há nenhuma potência que promova seu boicote. A China não invade nenhum país e, ao contrário, se vem se ligando ao mundo capitalista ao abrir sua economia ao mercado.
Nacionalistas do Tibet, Taiwan e outras regiões da grande China querem aproveitar as olimpíadas para promover seus protestos, sabendo que Beijing temerá usar muita força contra eles, para não dar argumentos a novos boicotes.
O Tibet está entre os dois colossos asiáticos (Índia e China). É parte de China, mas com sua própria autonomia, língua e cultura. Até os anos de 1950, o Tibet era regido por uma teocracia totalitária (que se uniu aos nazistas) e tinha uma das sociedades mais obscurantistas, feudais e atrasadas da região.
Mao repartiu as terras do clero e iniciou a industrialização e popularização do Tíbet. Também colocou a sua própria autoridade religiosa (Pachen Lamba) em contraposição ao Dalai Lama, exilado na Índia e cortejado pelo Ocidente.
Aproveitando-se da proximidade das olimpíadas, muitos sacerdotes budistas iniciaram marchas que se estenderam a Gansu, Qinghai e Sichuan e que geraram saques às empresas chinesas e muçulmanas.
Apesar de o Dalai Lamba falar em cerca de cem mortos, o único veículo ocidental ali presente (o The Economist) duvida desse número ou de que tenha havido um grande massacre tipo Tien Nam Men.
Moscou apóia Beijing, mas o Ocidente quer aproveitar os incidentes para pressionar a China para se “des-socializar” seu sistema econômico e político."
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Proximidades

Inventar outras proximidades é como se fosse possível dar um jeito à História e à Cultura, i.e. origens e vivências. O que alicerçou as nossas culturas foi o isolamento, um isolamento de séculos. Muito do nosso imaginário de certo tem algumas origens comuns. Mas foi o isolamento que moldou esse imaginário e que o transportou para a alma dos povos.
Falar de interesses comuns, claro que os há e muitos, mas enquanto uma vaca açoriana receber mais em subsídios do que o rendimento médio de um cabo-verdiano, não estou a ver grande comunhão de interesses comerciais. Quem diz vacas diz qualquer outro produto ou serviço produzido nos Açores. Podem abrir as linhas de crédito que quiserem para os empresários açorianos virem investir. O problema maior é que depois não existem subsídios (a tal teta proteccionista que não existe
Parcerias, parcerias mesmo só estou a ver uma de enorme utilidade para ambos os povos: o conhecimento. A Universidade como hub na concretização do muito que se pode fazer em muitos sectores. Por exemplo, não vejo interesse nenhum em virem frotas de pesca delapidar as águas cabo-verdianas, mas já vejo a maior utilidade e interesse comum fazer uma parceria com futuro: partilhar o conhecimento sobre o mar. Cabo Verde tem águas excelentes e estáveis em temperatura e agitação, os Açores conhecem muito na investigação e biologia marinha. O futuro não será certamente a caça/recolecção, o futuro das pescas será seguramente a aquacultura. Esta seria uma parceria séria e de ouro para os dois arquipélagos com peso mundial nas próximas décadas.
O mais certo é que para o ano ou nos seguintes haja nova digressão de delegações empresariais – para cá e para lá – e muito escutismo cultural, as mesas das delegações lautas de sabores e francas gargalhadas e os discursos inflamados e fraternos, mas por certo os nossos arquipélagos continuarão pobres, como sempre foram, apenas porque teimamos em deixar no cais de partida uma preciosa ferramenta para o bem-estar dos povos: o conhecimento científico.

quinta-feira, 10 de abril de 2008
Preocupação Ambiental
Eu gosto de cerveja porque dá prazer, etc., etc.. E gosto particularmente da imperial porque a que se fabrica
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Incertezas
A RTP África volta e meia fala em “indivíduo de raça negra” querendo referir-se talvez à intensidade da melanina na pele. Como o conhecimento científico sobre o genoma humano veio acabar com a treta e o mito das raças entre os humanos, compreendo que a ignorância na RTP África ainda atrapalhe o discurso e troque a identificação ou a nacionalidade das pessoas pela cor da pele. Sendo como se sabe os tons da pele aos milhares e para dar a informação com mais rigor proponho que este serviço público adopte o código de programação usado p.e. em VBA pela Microsoft. Assim uma pessoa com cor de pele como a que está pintada no belo batique da foto seria da “raça RGB 0,0,125”, eu p.e talvez “raça RGB
segunda-feira, 7 de abril de 2008
A Inutilidade De Uma Notícia
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Vezes Sem Conta.

Há 18 anos que ouço e leio estas palavras da boca de tantos quantos foram e vieram nestas inúmeras trocas de viagens entre velhos companheiros do tempo das campanhas baleeiras. O enunciado repete-se e o que fica mesmo é o prazer e o calor de um bom convívio ilhéu. O resto não interessa para nada porque não há quem possa resolver os transportes
Sejam sempre bem-vindos os filhos e os irmãos desta terra também de lava e mar de tantos sonhos e esperanças. Ilhas de sabura também, porque não?
quarta-feira, 2 de abril de 2008
O Delito De Seriedade.
