quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pegar De Caras

Por muita mixórdia e barafunda que encontrar o homem da solução vencedora destas autárquicas nos Paços do Concelho, a “casa” tem o tamanho que tinha. É, apesar de tudo uma casa pequena. Por isso mesmo “arrumar a casa” e conhecer-lhe os cantos não deve levar demasiado tempo nem deve tão pouco servir de desculpa para a citação do costume: “encontramos uma situação que não estávamos à espera!”.

O mote do vencedor, “Praia tem solução!”, só pode querer dizer que o conhecimento da situação é profundo e minucioso e que por isso há um plano, muitas soluções na manga.

Problemas para resolver não hão-de faltar, como não faltaram antes e não faltarão daqui a vinte anos.

Pegar de caras não é nada fácil mas é a única alternativa que tem quem escolhe ser forcado. Por isso não há que ter medo mas apenas coragem e nobreza.

A Praia, a cidade maior e melhor, tem muitas pegas de caras para serem feitas. Pegas difíceis e arriscadas porque algumas poderão ser violentas. Mas têm que ser feitas, custe o que custar!

A mais difícil e importante sob todos os pontos de vista é de longe estancar de vez a construção clandestina.

Se no primeiro ano de mandato, este novo Edil de muitas esperanças, conseguir fazer parar esta poderosa investida que é a construção clandestina, fechando-se com braços de ferro, coragem e nobreza na cara do problema, terá direito a música e prolongada ovação! Dará a primeira grande prova de que tinha razão: “A Praia tem solução!”.

(Clique na foto para ampliar)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Código Genético

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Boa Ideia!



Uma solução que vamos adoptar na fábrica BOMMAR do Porto Mosquito.
(Via grupo Sextante)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Duas Frases A Quente.


  1. “Nestas eleições não há vencedores nem vencidos. A Vitória é da Praia!” (Ulisses Correia e Silva) – Bom agoiro.
  2. “A democracia em Cabo Verde é uma caricatura” (Gualberto do Rosário, ex. primeiro ministro) – Que o homem tenha deixado de ver a fasquia de tão alta que a pôs e por isso se tenha magoado, compreende-se. Mas não é preciso ofender os 250 mil eleitores.

terça-feira, 20 de maio de 2008

CNE

Rosa Vicente (Presidente da Comissão Nacional de Eleições)
- foto Expresso das Ilhas -

O rosto de um acto eleitoral bem conduzido. De todos o mais bem organizado e sereno.

Estranho

A blogoesfera cabo-verdiana, a genuína, perdeu folgo estes dias. Estranho.

sábado, 17 de maio de 2008

Trabalho De Mestre!


É a primeira vez que num país lusófono, incluindo Portugal (que eu saiba), se envia por SMS a informação do local exacto onde as pessoas devem votar. Toda gente, ricos e pobres, estes últimos em muito maior número, têm telemóvel (mais de cem mil diz a principal operadora de comunicações de Cabo Verde).
Cabo Verde. Quem diria?

Vou Votar


Amanhã, de boa vontade. Por todas as razões conhecidas de dever e imperiosa mudança que a Cidade pede, mas também por satisfação pela enorme mudança, para melhor, muito melhor, de todo o trabalho de organização e condução das eleições sob a batuta da Comissão Nacional de Eleições. Destas autárquicas para o futuro nada será como dantes. A vitória do regime democrático já é retumbante, hoje. Amanhã será maior.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sonhar Um País

Pensar e escrever em Outubro de 1974 que a tão desejada independência do povo cabo-verdiano deveria ser amplamente discutida, assimilada e referendada por toda a Nação, sem medo e sem ofensas, como um acto de inequívoca confiança na democracia e na vitória da Independência. Pensar e escrever em Outubro de 1974, há 33 anos, que a indústria turística, o desenvolvimento agrícola e industrial, a abertura ao investimento estrangeiro, o reencontro com a Nação cabo-verdiana seriam os alicerces de uma Independência de prosperidade. Escrever em Outubro de 1974, há 33 anos, que o País deveria dessalinizar água do mar, guardar a água da chuva e produzir energia eólica, quando só em 1986 foi montado o primeiro parque eólico em Portugal (na ilha do Porto Santo) e quando só agora, passados 33 anos, é que se discute a retalho sobre energias renováveis em Cabo Verde.

Pensar e escrever assim, em Outubro de 1974, foi sonhar com um País próspero e moderno. Foi sonhar com muito do que é Cabo Verde hoje.

(Na box do template, pode fazer download (Cabo Verde.pdf) da brochura escrita pelo Dr. Aguinaldo Veiga)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

José Afonso

Um sítio com canções que embalaram a minha juventude. E que ainda embalam as minhas memórias. O tempo correu vezol. O tempo, rei e senhor, colou este registo na minha memória.
É o que eu sinto. Que tempo passou e deixa rasto. Tem sons, cores e odores. Mensagens. Tudo mudou! E tudo há-de mudar. Sempre.
Um link de Victor Medina

Parabéns Catarina

Foi uma bonita festa!

sábado, 10 de maio de 2008

Água

Num destes dias um vizinho lembrou-me que o valor da peça que avariou no dessalinizador da Electra trazendo pela milésima vez o drama do abastecimento de água potável à cidade da Praia, dava para ele viver bem o resto da vida sem trabalhar.
Talvez. Os pobres também têm ideias engraçadas.
A tal peça é determinante, feita em Israel e por isso carregada de simbolismo, muito para além da sua importância técnica.
Simboliza o feito de se poder viver nas condições mais adversas e simboliza o desprezo pela criatividade e pela resolução dos problemas que confrontam a sobrevivência.
Se no primeiro caso simboliza a cultura de um admirável povo, no segundo simboliza a admirável displicência dum povo que apenas usufrui da utilidade de haver outros povos que pensam.
Em Israel chove… quero dizer, não chove nada. Em Cabo Verde cai do céu, religiosamente todos os anos, milhões de litros de água.
A chuva vem aí, mais mês menos mês, outra vez este ano. Como sempre, há milhares de anos. Ciclicamente, com intervalos de poucos anos, chove menos e então chamamos esses períodos de “seca”. E esses períodos são os que consideramos importantes.
São esses períodos que inspiram poetas, cantores e políticos, e não os outros períodos.
É com base nesses raros ciclos que se mendiga a ajuda internacional com o hilariante argumento da falta de recursos.
Nos outros períodos, nos que tomba água a rodos, que são a maioria, rezamos para que a água não arraste casas e pessoas.
Nunca por nunca os que orgulhosamente amam esta terra, estas ilhas afortunadas, se lembram de guardar a água que desaba do céu.
O valor da tal peça pode de facto tornar uma pessoa podre de rica. Mas a água que o céu despejada todos os anos sobre Cabo Verde poderia fazer deste país um país mais rico e independente. As próximas gerações serão sem dúvida mais inteligentes e eficientes. A minha geração é pobre, sem ideias e ociosa.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Verdade Conveniente

O Sol ontem - nem uma mancha solar!

"O Sol tem andado calmito."

Para quem não gosta de andar atrás de foguetes aqui e aqui estão boas discussões sobre o aquecimento global e CO2.


terça-feira, 6 de maio de 2008

Dúvidas

Tenho algumas. Não da competência e capacidade mas do método.
Mudar é um imperativo. Acima de tudo um imperativo democrático. Como o foi quando a equipa camarária em exercício mudou o que tinha que ser mudado em alguns aspectos com mérito.
Escrever um programa de governo municipal é fácil. Mas não é fácil escrevê-lo com um sentido de mudança. Propondo uma nova forma de governar.
Os programas por costume tendem a enunciar uma extensa lista de obras e medidas, muitas delas não tendo em conta o tempo disponível do mandato.
A solução proposta para o mercado municipal do Plateau é apenas cosmética. Condiz pouco com este programa de governação ou com uma ideia de mudança. Está um pouco feito em cima do joelho.
Falta um calendário para as coisas ficarem prontas e falta o rosto daqueles que serão os responsáveis e os dirigentes a quem se deve pedir contas.
É preciso que os programas de governação sirvam mesmo de referência para os eleitores.
Por exemplo, caiar (com cal) a Cidade é um simples imperativo pela saúde pública e pela estética. Este programa, não se lembrou desta relevância. Nem ordena prazos para os objectivos, nem indica equipes de trabalho.
Um executivo camarário é para governar e governar significa mais prever do que outra coisa qualquer e por isso, também, este seria um bom momento para libertar a Câmara de tantos serviços que podem ser feitos por privados e de muita da sua encrencada máquina.
Terá certamente outros méritos. Creio que sim, como creio que o essencial dos grandes temas a resolver cabem numa página A4.
Mais vale pregar um prego de cada vez, mas deixá-lo bem pregado.
Este candidato pode fazê-lo. Mas se não for esta a escolha popular a solução que se segue tem que passar por uma nova forma de governar, em todos os sentidos até na forma como os cidadãos participam na vida da Cidade. Toda a gente deseja mudança, incluindo os que votaram no actual executivo.
Se o futuro Presidente da Câmara instituir o hábito de se dirigir pela televisão uma vez por mês aos cidadãos prestando contas da Cidade, já é uma boa forma de governar.
Para quem fica na oposição, preparar uma solução a sério começa no dia a seguir à declaração dos resultados e dura 4 anos. Depois, nada melhor do que o escrutínio popular.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Banha De Cobra

A charlatanice vive de dizer e escrever baboseiras. Eu prefiro a banha de cobra. É menos maldosa.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Saudade.


A saudade.
Não é um manto roxo, nem tão pouco cobre apenas o coração.
A saudade é uma tarde, inteira, apenas.
Serena como a vida.
Apenas uma tarde.


(para fazer um comentário a esta posta clique no título, não sei porquê.)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1 De Maio

O 1º de Maio da casanova

Cantigas Do Maio

No meu corpo manda o tempo. Nas minhas memórias mando eu.