quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Uma Morabeza Muito Cara.

Mas o que é espantoso é que ao primeiro sinal, ao primeiro caso, ao primeiro alerta nada se faz. Ou melhor, faz-se a tradicional declaração oficial: “não há motivo para alarme, a situação está sob controlo.” que traduzido significa: “o vírus foi detido para identificação e neste momento aguarda julgamento em liberdade”.
Foi assim com a Cólera, com o H1N1 que por sorte nossa não gosta de calor, e agora a Dengue. Primeiro o vírus instala-se com calma, agradece a morabeza e depois propaga-se quando lhe apetece.
Todos sabemos que é impossível deter a propagação de vírus neste mundo cada vez mais pequeno, mas a primeira pessoa infectada deve ser tomada como uma declaração de guerra sem pré-aviso e a guerra deve começar naquele exacto momento, ser total e o alerta bem audível para que se salvem todas as vidas e se minimize o impacto económico. Não sendo assim os vírus que no futuro hão-de visitar-nos, muito agradecerão a morabeza cabo-verdiana, ou melhor, ao Ministro de serviço.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
Ano Judicial

sábado, 10 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Nem Tudo O Que Luze...

Há qualquer coisa de errado nesta euforia. Nem discuto se o troféu é o troféu ou uma réplica, tanto faz. Para quem se baba com a grandeza dos negócios da FIFA e da Coca-cola, dos seus perdidos amores pelos pobres, deve achá-lo mesmo genuíno. O que eu não compreendo é que o meu Presidente símbolo vivo da independência de uma cultura de dignidade, muito mais antiga do que o folclore dessas instituições privadas, sirva de moldura a estes espectáculos comerciais para deslumbrar a pobreza. Eu gosto de futebol e bebo coca-cola, mas não gosto de correr a trás de foguetes. Pedro Pires, por razões de honestidade e sincera humildade, também não. Mas, pelos vistos à falta de melhor gosto e menos provincianismo, a corte não dispensa estes números de circo.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
sábado, 3 de outubro de 2009
Poilão, Hoje.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Salvar Vidas.
Por mero acaso encontrei no pátio de um serviço público uma poça com pouca água onde se agitavam aflitos estes girinos. Em redor muitas outras poças secas continham milhares de girinos mortos e ressequidos. Recolhi os que pude e muitos outros tiveram a morte como destino. Os ovos enterrados desde o ano passado eclodiram com as chuvas, mas as hipóteses de sobrevivência são quase nulas e daqui por muito poucos anos extinguir-se-ão desta área. O asfalto e a construção estão a ocupar rapidamente o lugar onde durante séculos viveram. Lembro-me do coaxar das rãs pelas noites quentes por esta altura em toda a zona da Fazenda no ano de 1990, isto é, ontem. A Praia cresceu contra tudo e contra todos: árvores, coqueiros, lençóis freáticos, rãs, aves e pessoas. Ninguém se importou ou sequer este foi alguma vez assunto de prosa ou púlpito para deputado da Nação. Que importância pode ter um charco com rãs comparado com uma torre de betão armado ou um asfalto? Nenhuma. E por não ter qualquer importância se destruirá toda a bela zona do Taiti, se destruiu a Praia Negra, se conspurca as ribeiras, se abatem árvores por toda a cidade, se despeja betão em terrenos agrícolas, se é tomado pelo pobre delírio de pensar que somos donos dos recursos naturais e das outras criaturas a quem achamos uma inútil piada.
Por este andar a nossa vez também chegará. Isolados de tudo quanto foram as nossas oportunidades de sobrevivência e bem-estar. A sorte destes girinos não dependeu da sua opção, mas a nossa sorte sempre esteve apenas nas nossas mãos. Talvez um dia a inteligência oriente o nosso destino e possamos de novo ouvir o coaxar das rãs numa noite estrelada. Entretanto estas vão morar na barragem do Poilão.
Por este andar a nossa vez também chegará. Isolados de tudo quanto foram as nossas oportunidades de sobrevivência e bem-estar. A sorte destes girinos não dependeu da sua opção, mas a nossa sorte sempre esteve apenas nas nossas mãos. Talvez um dia a inteligência oriente o nosso destino e possamos de novo ouvir o coaxar das rãs numa noite estrelada. Entretanto estas vão morar na barragem do Poilão.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Soma
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Identificação
Camarão da Baía de Nª Senhora da Luz
"(...)Os camarões são pertencentes à espécie Farfantepenaeus notialis (Pérez Farfante, 1967) anteriormente conhecido como Penaeus notialis e cujo nome vulgar é southern pink shrimp (também conhecido como gamba-de-angola). Ocorre da Mauritânia a Angola e dos 3 aos 700 m de profundidade, por isso a sua presença em Cabo Verde não pode ser considerada invulgar. Se precisar de mais informação, estarei ao dispor.
Cumprimentos, Antonina"
(Inst. Nacional de Recursos BiológicosIPIMAR)Obrigado Pedro Pousão.
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A Reboque? Para Quê?
Finalmente o tema da aquacultura como mais uma possível actividade geradora de riqueza parece estar a ser apontada pelo governo como importante.
Não vejo com bons olhos, já escrevi, a introdução de espécies estranhas à biodiversidade autóctone do País, nem me parece inteligente andar a reboque do que toda a gente faz para o mercado internacional.
Como se sabe a aquacultura dirigida ao camarão e à lagosta requer um enorme investimento que só terá retorno com produções igualmente enormes. Apesar de Cabo Verde dispor de uma importante costa marítima, a maior parte da sua configuração não permite determinado tipo de aquacultura numa escala rentável.
Por outro lado não sei por que razão teremos que entrar na aquacultura por uma via megalómana. Por que razão tem de ser a lagosta e o camarão, animais que toda a gente faz no mundo e em proporções gigantescas. Por que razões terão que ser os chineses a “avaliarem” as potencialidades e não os nossos jovens biólogos a irem ver e aprender na China, no Brasil, na Tailândia, no Japão.
A aquacultura em Cabo Verde só terá importância se conduzir à proliferação de pequenas explorações criando centenas de pequenos produtores nas zonas ribeirinhas e pequenas indústrias de transformação a partir de espécies locais. Para isso é preciso mobilizar os nossos recursos humanos científicos por poucos que sejam.
Podemos ouvir, ver e ler, mas têm que ser os cabo-verdianos a conduzir e a definir a estratégia e os objectivos para o sector, sem complexos nem deslumbramentos sob pena deste ser mais um sector condenado a não dar certo e onde poucos, sempre os mesmos, tirarão proveito.
Não vejo com bons olhos, já escrevi, a introdução de espécies estranhas à biodiversidade autóctone do País, nem me parece inteligente andar a reboque do que toda a gente faz para o mercado internacional.
Como se sabe a aquacultura dirigida ao camarão e à lagosta requer um enorme investimento que só terá retorno com produções igualmente enormes. Apesar de Cabo Verde dispor de uma importante costa marítima, a maior parte da sua configuração não permite determinado tipo de aquacultura numa escala rentável.
Por outro lado não sei por que razão teremos que entrar na aquacultura por uma via megalómana. Por que razão tem de ser a lagosta e o camarão, animais que toda a gente faz no mundo e em proporções gigantescas. Por que razões terão que ser os chineses a “avaliarem” as potencialidades e não os nossos jovens biólogos a irem ver e aprender na China, no Brasil, na Tailândia, no Japão.
A aquacultura em Cabo Verde só terá importância se conduzir à proliferação de pequenas explorações criando centenas de pequenos produtores nas zonas ribeirinhas e pequenas indústrias de transformação a partir de espécies locais. Para isso é preciso mobilizar os nossos recursos humanos científicos por poucos que sejam.
Podemos ouvir, ver e ler, mas têm que ser os cabo-verdianos a conduzir e a definir a estratégia e os objectivos para o sector, sem complexos nem deslumbramentos sob pena deste ser mais um sector condenado a não dar certo e onde poucos, sempre os mesmos, tirarão proveito.

Balistes vetula (Linnaeus, 1758)
Um peixe por enquanto sem valor comercial, relativamente abundante nas nossas águas. Com uma carne magnífica e uma pele de muitas utilidades. Quem disse que esta não será uma excelente aposta para o País?
Postado por canoa às 11:53
Marcadores: Aquacultura
sábado, 19 de setembro de 2009
Em Cheio.

sábado, 12 de setembro de 2009
Cuidado, Muito Cuidado.
A aquacultura tem um futuro promissor em Cabo Verde, de resto nenhum país com as condições naturais de Cabo Verde será dispensado na produção de alimentos do mar para satisfazer as nossas necessidades daqui por algumas décadas. Como não podemos pescar eternamente ao desbarato teremos de “inventar” a melhor maneira de criar peixes e plantas para alimentação tal como fizemos com outras espécies. Hoje ninguém caça galinhas, porcos ou perus, a não ser por desporto como se sabe.
No entanto há um problema que não devemos menosprezar, é a introdução de espécies não autóctones que poderão causar prejuízos visíveis no eco sistema a longo prazo, ou seja, muitos de nós já não estarão cá para comprovar os erros cometidos. No mundo são inúmeros os casos deste tipo de desastre. Por outro lado o mercado proveniente da aquacultura está em grande expansão, por isso concorrer nesses mercados só mesmo com uma grande imaginação e criatividade no que diz respeito a alguns produtos. Por exemplo só a China produz dois terços (em peso) da produção mundial. Isto não significa que não podemos produzir. Podemos e devemos, mas, na minha opinião, deveríamos olhar para as espécies que temos à nossa mão e que não são poucas. De todas elas é impossível que não haja duas ou três capazes de se reproduzir e engordar em cativeiro mesmo em mar aberto. Se o problema é o mercado não conhecer o produto, tanto melhor, teremos o caminho aberto para o convencer. Este seria um trabalho de ouro a desenvolver pelo INDP integrando o que há de bom nos nossos técnicos e biólogos em parceria com cooperações e investimento privado. A aquacultura é um daqueles sectores que pode criar e multiplicar muitas pequenas empresas e muita riqueza.
Oxalá o projecto em notícia vingue e que tenha um enorme sucesso. Cabo Verde, todos nós merecemos.
No entanto há um problema que não devemos menosprezar, é a introdução de espécies não autóctones que poderão causar prejuízos visíveis no eco sistema a longo prazo, ou seja, muitos de nós já não estarão cá para comprovar os erros cometidos. No mundo são inúmeros os casos deste tipo de desastre. Por outro lado o mercado proveniente da aquacultura está em grande expansão, por isso concorrer nesses mercados só mesmo com uma grande imaginação e criatividade no que diz respeito a alguns produtos. Por exemplo só a China produz dois terços (em peso) da produção mundial. Isto não significa que não podemos produzir. Podemos e devemos, mas, na minha opinião, deveríamos olhar para as espécies que temos à nossa mão e que não são poucas. De todas elas é impossível que não haja duas ou três capazes de se reproduzir e engordar em cativeiro mesmo em mar aberto. Se o problema é o mercado não conhecer o produto, tanto melhor, teremos o caminho aberto para o convencer. Este seria um trabalho de ouro a desenvolver pelo INDP integrando o que há de bom nos nossos técnicos e biólogos em parceria com cooperações e investimento privado. A aquacultura é um daqueles sectores que pode criar e multiplicar muitas pequenas empresas e muita riqueza.
Oxalá o projecto em notícia vingue e que tenha um enorme sucesso. Cabo Verde, todos nós merecemos.
Postado por canoa às 10:30
Marcadores: Aquacultura
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Design
Lembro-me do espalhafato que fizemos quando ela nasceu. Tínhamos todos escapado com vida dum violento terramoto no ano anterior e todos os dias, ou quase, havia celebrações e motivos para “partir pedra” até madrugada. Não havia computadores, nem coisas assim, só escombros, livros, música, palavras e uma Irmandade de um Império cheio de sonhos, mesmo muitos sonhos.
Nem todos os sonhos foram comidos pelo tempo, mas alguns de nós sim.
Nem todos os sonhos foram comidos pelo tempo, mas alguns de nós sim.
domingo, 30 de agosto de 2009
Combustíveis (Fósseis) Mais Caros. Que Pena!
A Semana On Line e o Expresso das Ilhas (On Line), não comentam. O tempo está bom, o pincho (ou pinxo, ou pintcho, tanto faz) está sabi. Óh que sabi! Alguém há-de pagar o custo da energia enquanto forem os outros a produzir e se ninguém pagar, mil perdões cairão do céu de quem tem a exclusiva e "ancestral" culpa de trinta décadas de pobreza. Ser pobre é um nobre estatuto histórico, um património legado do qual nunca nos devemos libertar. Como é difícil viver livre e independente! Eles não sabem nem sonham...
sábado, 29 de agosto de 2009
Forte Culpa.
Lá se vão os tostões poupados. E, claro, mesmo não sendo adivinho já sei que no próximo ano vamos receber aquela cartinha da casa grande a informar que o valor da conta do combustível não foi aceite por não ser "razoável". A nossa vida é tentar escapar!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Relíquias Em Vinil











(clique nas fotos para aumentar)
Como estes "33 rotações" devem existir dezenas esquecidos ou guardados em caixotes, outros certamente estarão estimados e bem conservados. Faz falta um sítio onde se pudesse ressuscitar tão valiosas relíquias tal como estão. Não só discos mas livros, documentos, cartazes. Enfim, parte importante da nossa memória colectiva, para que ela não nos falte nunca.
Como estes "33 rotações" devem existir dezenas esquecidos ou guardados em caixotes, outros certamente estarão estimados e bem conservados. Faz falta um sítio onde se pudesse ressuscitar tão valiosas relíquias tal como estão. Não só discos mas livros, documentos, cartazes. Enfim, parte importante da nossa memória colectiva, para que ela não nos falte nunca.
Postado por canoa às 12:56
Marcadores: Património
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Quem Pergunta Não Ofende.
“ (…) Ainda de acordo com o MNECC, o diálogo politico-diplomático em curso com vista a formação de uma nova agenda, com um «pipeline» de empréstimos e projectos de investimento no valor aproximado de 240 milhões de dólares americanos, onde se destacam a cosntrução de habitação social nas ilhas de Santiago, S. Vicente, Boa Vista, Maio e Sal, financiado em cerca de 100 milhões de dólares.
Da mesma carteira de projectos fazem parte a Cimenteira de S. Cruz (65 milhões USD), a reabilitação dos estaleiros da CABNAVE (entre 60 a 65 milhões USD) e a Re-organização e Renovação da Central Eléctrica (10 milhões USD)”.
É muito dinheiro duma assentada. Quem pagará estes “empréstimos e projectos”? Não se diz, alguém há-de pagar.
Construção de habitação social? Mas em Cabo Verde já existe habitação social mais que suficiente. Todos os bairros periféricos às cidades são habitações sociais. Construir ainda mais? Ou quem sabe seria melhor requalificar e humanizar as que existem? É que “construir habitação social” já não se usa, o que parece menos “problemático” é conceder crédito nem que seja a juro zero para cada um construir a sua.
Cimenteira? Para que quer Cabo Verde uma cimenteira? Para exportar cimento? Produzir mais barato do que o cimento produzido no outro lado do mundo só se for mesmo subsidiado. Quem pagará os custos ambientais? Os chineses? Só se for em intenção.
Reabilitação dos estaleiros da CABNAVE? Para quê? Para dar assistência aos 100 palangreiros chineses autorizados a passar a pente fino a ZEE cabo-verdiana, ou seja, o equivalente a 12% da área marítima de pesca na China? Acordo de ouro para os chineses que têm sido corridos de todos os mares do mundo por práticas de pesca nefastas ao ambiente e à biodiversidade e que finalmente encontraram um oásis mesmo a meio do Atlântico Norte.
Reorganização e Renovação da Central Eléctrica? Mas então não era para se fazer uma central única e a renovação da rede?
E já agora, o Parlamento (o País) não discute as opções e os termos desses “interesses comuns”?
Ou muito me engano ou o que vai funcionar muito bem já, já e a todo o vapor, é a CABNAVE. O Império do Meio tem muitas bocas a alimentar agora, mesmo que isso signifique a nossa maior pobreza no futuro.
Da mesma carteira de projectos fazem parte a Cimenteira de S. Cruz (65 milhões USD), a reabilitação dos estaleiros da CABNAVE (entre 60 a 65 milhões USD) e a Re-organização e Renovação da Central Eléctrica (10 milhões USD)”.
É muito dinheiro duma assentada. Quem pagará estes “empréstimos e projectos”? Não se diz, alguém há-de pagar.
Construção de habitação social? Mas em Cabo Verde já existe habitação social mais que suficiente. Todos os bairros periféricos às cidades são habitações sociais. Construir ainda mais? Ou quem sabe seria melhor requalificar e humanizar as que existem? É que “construir habitação social” já não se usa, o que parece menos “problemático” é conceder crédito nem que seja a juro zero para cada um construir a sua.
Cimenteira? Para que quer Cabo Verde uma cimenteira? Para exportar cimento? Produzir mais barato do que o cimento produzido no outro lado do mundo só se for mesmo subsidiado. Quem pagará os custos ambientais? Os chineses? Só se for em intenção.
Reabilitação dos estaleiros da CABNAVE? Para quê? Para dar assistência aos 100 palangreiros chineses autorizados a passar a pente fino a ZEE cabo-verdiana, ou seja, o equivalente a 12% da área marítima de pesca na China? Acordo de ouro para os chineses que têm sido corridos de todos os mares do mundo por práticas de pesca nefastas ao ambiente e à biodiversidade e que finalmente encontraram um oásis mesmo a meio do Atlântico Norte.
Reorganização e Renovação da Central Eléctrica? Mas então não era para se fazer uma central única e a renovação da rede?
E já agora, o Parlamento (o País) não discute as opções e os termos desses “interesses comuns”?
Ou muito me engano ou o que vai funcionar muito bem já, já e a todo o vapor, é a CABNAVE. O Império do Meio tem muitas bocas a alimentar agora, mesmo que isso signifique a nossa maior pobreza no futuro.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Diques Ao Desafio.
Muito antes da proliferação de barragens para irrigação, hectares de painéis foto-voltácios, quilómetros de achada de ventoinhas, é importante saber, ou definir, que modelo de sobrevivência queremos. Queremos um modelo de sobrevivência dependente da “solidariedade” internacional e de negócios de favor ou um modelo de sobrevivência dependente das nossas capacidades, necessidades e decisões.
A segunda alternativa é muito custosa em trabalho, não rende votos fáceis nem inaugurações mediáticas mas é certamente a mais segura no futuro.
Cabo Verde pode e deve aceitar todas as ofertas como País bem feito que é. Mas pode e não deve ficar por isso.
A iniciativa de pensar o futuro tem obrigatoriamente partir de nós. E o futuro não é seguro nem garantido. Tudo depende do nosso trabalho e da nossa atitude, hoje.
A alternativa é simples. Ou toda a gente, todos os cabo-verdianos, estarão comprometidos com a sua própria sobrevivência ou o medo de faltar o amanhã tomará conta da nossa cultura e da nossa esperança.
Vamos guardar água? Sim, vamos todos. Mas para isso é preciso a Lei que mobilize e empenhe o País nesta tarefa, desde a sensibilização à obrigatoriedade para as novas construções integrarem cisternas para captação da chuva em troca de benefícios fiscais.
Vamos produzir energia? Sim, vamos todos. Mas para isso é preciso a Lei que mobilize e empenhe o País nesta tarefa. Se cada um produzir uma pequena parte da energia que necessita e se o País retomar a plantação da Purgueira em larga escala para a produção de biodiesel, serão muitos milhões de contos que o Estado poupará e outros tantos milhões de contos distribuídos directamente pelo mundo rural.
Vamos economizar? Sim, vamos todos. Mas para isso é necessário que o Estado premeie quem economiza e investe e não ande a taxar de vela na mão.
Ou não estamos todos no mesmo barco?
Estamos sim no mesmo barco. E estaremos em todas as borrascas e calmarias. Não devemos recusar qualquer ajuda, mas o melhor mesmo é orientarmo-nos pelas estrelas e pela nossa própria bússola. Capacidade não nos falta, podemos é estar um pouco distraídos com alguns mimos internacionais e com certas cantigas ao desafio.
sábado, 15 de agosto de 2009
Pequeno Equívoco.

É verdade que Cabo Verde é um País tranquilo, mas não é verdade que seja um exemplo de boa governação. É verdade sim, que é um País onde os governantes sempre se comportaram bem quando se trata de gerir dádivas, apoios e empréstimos. Mas uma coisa é governar bem a outro é comportar-se bem. Cabo Verde tem-se comportado bem mas tem tido, sempre, uma governação muito aquém do que deveria ser o orgulho da Nação.
Não há sinais exteriores de riqueza abusiva, nem abuso de poder dos que estão ou passam pelo governo, nunca houve, mas há sinais exteriores de má governação, desleixo, deus-dará e de certa forma a utilização de uma fórmula mágica que todos nós utilizávamos quando éramos estudantes: fazer o trabalho de casa mais ou menos bem feito para impressionar. Sempre funcionou bem e ainda funciona.
Sem dúvida, sente-se a falta de uma classe (não importa a idade) cabo-verdiana com menos discursos, mais ideias, mais trabalho e mais orgulho nos resultados. É difícil? Claro, but, yes we can!
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Recordar Outros Tempos
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