O Gato O Rato E A Classe VI
Quando o magnífico e eloquente monge Luca Bartolomeo de Pacioli morreu a 19 de Julho de 1517 não podia imaginar quanto o mundo moderno lhe ficaria a dever como criador do “método das partidas dobradas”, das contas, do deve e haver nas complexas contabilidades de hoje.
A contabilidade tem sido e é uma ferramenta poderosa na vida e sobrevivência de empresas sejam elas pequenas ou grandes e até na prosperidade familiar.
O Estado também descobriu o poder desta ferramenta para cobrar mais impostos e deslumbrou-se com a eficácia ao ponto de fazer crer que é uma invenção e propriedade suas.
À medida que o Estado se torna mais social, mais poder concentra, mais incha e por isso mais despesa tem. Daí a sua paixão assolapada pelas contas da Classe VI na contabilidade dos privados. Esses já deram conta e as empresas gigantes até põem em prática uma “contabilidade criativa” com os resultados que todos nós conhecemos. Os mais pequenos e os pequeninos não têm muito por onde fugir a não ser dos cantos para os meios, porque a contabilidade criativa requer muito dinheiro e conhecimento.
Sabendo, os respeitosos escribas da Av. Amílcar Cabral ficam sentados do alto da sua vista panorâmica a observar as contas da Classe VI que, desconfio porquê, nunca aceitam. Nem as despesas com energia, combustível, reparações e manutenção, comunicações, alugueres, nem viagens, nem nada. O interessante é que a negação se reporta às contas de há cinco anos por norma o que, para além do registo, se torna um exercício de memória da conjuntura passada, humanamente notável.
O truque é simples, baixar “por decreto” as despesas mencionadas nas contas dos privados aumentando a receita e desde logo o precioso imposto ou “obrigação cívica” que depois será reciclado em despesa novamente “em prol do bem comum” que essa sim, ninguém controla.
Todos comem pela medida grossa. Os que podem pagam para não se aborrecerem e os que não podem pagar ficam a dever porque um dia hão-de pagar. Receita garantida.
Mas, pergunto: para quê tanto trabalho, canseira e sobe e desce? Bastaria atribuir à partida um montante (quota) para cada conta da Classe VI e para cada empresa em função do tamanho real declarado e “visível”.
Assim fazia sentido, se necessitássemos compraríamos “cotas de despesa”.
O que não faz sentido é virem cinco anos depois e todos os anos dizer o mesmo e não aceitar porque não e pronto.
Das três uma: ou esta forma “criativa” de tributar é um convite à “contabilidade criativa” ou o sistema traiu as nobres intenções de Luca de Pacioli ou a tributação não passa de um jogo do gato e do rato. Já é tempo de modernizar e simplificar.
A contabilidade tem sido e é uma ferramenta poderosa na vida e sobrevivência de empresas sejam elas pequenas ou grandes e até na prosperidade familiar.
O Estado também descobriu o poder desta ferramenta para cobrar mais impostos e deslumbrou-se com a eficácia ao ponto de fazer crer que é uma invenção e propriedade suas.
À medida que o Estado se torna mais social, mais poder concentra, mais incha e por isso mais despesa tem. Daí a sua paixão assolapada pelas contas da Classe VI na contabilidade dos privados. Esses já deram conta e as empresas gigantes até põem em prática uma “contabilidade criativa” com os resultados que todos nós conhecemos. Os mais pequenos e os pequeninos não têm muito por onde fugir a não ser dos cantos para os meios, porque a contabilidade criativa requer muito dinheiro e conhecimento.
Sabendo, os respeitosos escribas da Av. Amílcar Cabral ficam sentados do alto da sua vista panorâmica a observar as contas da Classe VI que, desconfio porquê, nunca aceitam. Nem as despesas com energia, combustível, reparações e manutenção, comunicações, alugueres, nem viagens, nem nada. O interessante é que a negação se reporta às contas de há cinco anos por norma o que, para além do registo, se torna um exercício de memória da conjuntura passada, humanamente notável.
O truque é simples, baixar “por decreto” as despesas mencionadas nas contas dos privados aumentando a receita e desde logo o precioso imposto ou “obrigação cívica” que depois será reciclado em despesa novamente “em prol do bem comum” que essa sim, ninguém controla.
Todos comem pela medida grossa. Os que podem pagam para não se aborrecerem e os que não podem pagar ficam a dever porque um dia hão-de pagar. Receita garantida.
Mas, pergunto: para quê tanto trabalho, canseira e sobe e desce? Bastaria atribuir à partida um montante (quota) para cada conta da Classe VI e para cada empresa em função do tamanho real declarado e “visível”.
Assim fazia sentido, se necessitássemos compraríamos “cotas de despesa”.
O que não faz sentido é virem cinco anos depois e todos os anos dizer o mesmo e não aceitar porque não e pronto.
Das três uma: ou esta forma “criativa” de tributar é um convite à “contabilidade criativa” ou o sistema traiu as nobres intenções de Luca de Pacioli ou a tributação não passa de um jogo do gato e do rato. Já é tempo de modernizar e simplificar.
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