domingo, 30 de dezembro de 2007

Boas Entradas!

2008
Haja saúde, trabalho e bem estar!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Bom Caminho.

Começa hoje o II Encontro de Jovens Investigadores Cabo-verdianos. Uma realização da maior importância para Cabo Verde. O rumo certo, o caminho do conhecimento, discussão e divulgação científica. O caminho da prosperidade.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Um Belo Desejo.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Glória!


Aos Irmãos. Ao Império da Fraternidade.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Convencidos

Convencidos estavam os organizadores da marcha contra a “insegurança” na Praia que não passou de um pequeno cortejo de uma vintena de alguns blogueres e seus amigos. A ideia não teve adesivo. Nem as vítimas dos thugs quiseram expor-se ao ar desagradável que soprava neste fim de tarde, porque se as vítimas são só aqueles protestantes então a Praia não é tão insegura como dizem. Pois, fazer passar mensagens é muito difícil porque é preciso cultura para as receber.

Convencido e muito esteve o Senhor Presidente da Câmara acompanhado de uma desafinada charanga a guiar a visita a uma exposição de cartazes intitulada “Expo Millennium 2007”, uma mostra estilizada das grandes obras que hão de engrandecer esta boa Capital de prédios volumosos e torres gigantes como no estrangeiro. Projecto da Câmara propriamente dita não vi nada… há sim, o estádio de futebol! Faz muita falta comparada com um mercado municipal, um parque de diversões infantil, um orfanato, escola de música, habitações sociais e outras coisas sem interesse.
Hoje esteve um dia triste e depois veio mais uma triste noite. Amanhã é outro dia.

Câmara Municipal Faxina, Não!

Em todas as cidades o lixo acumula-se depressa. De um dia para o outro. Quanto maior a cidade mais lixo, ou então quanto menor a eficiência na sua recolha mais se notam os amontoados e pior o cheiro.
A Praia Maria não foge à regra e muitos são os que não hesitam em queixar-se da ineficiência, ou pior, incompetência da nossa Câmara Municipal para executar tarefa de tamanha responsabilidade e importância. Estou de acordo, inteiramente de acordo.
À Câmara Municipal desta Praia Maria não deveria competir a tarefa da recolha e tratamento do lixo, como de tantas outras tarefas de saneamento.
A Câmara Municipal da Praia deveria apenas e tão só governar a Cidade.
Quando isto acontecer a Praia mudará de face e só por pontual contingência nos aperceberemos que o lixo nos pode incomodar, de um dia para o outro.
Quanto custa ao Município comprar camiões e viaturas, pneus, manter oficinas, contentores, gerir um pequeno exército de pessoas. E depois, renovar equipamentos e stocks e pessoas e contentores e… peças e… uma dor de cabeça maior que o Pico d’Antónia?
A nossa Praia Maria parece “suja” por isso e apenas por isso. Porque não é possível governar e executar!
Alguém, uma ou mais empresas privadas têm que tomar conta do assunto e fazer apenas isso: recolher e dar um bom destino ao lixo da Capital.
Não é necessário concurso internacional. Não nos faltam bons gestores, rapazes ambiciosos, imaginação e inteligência.
Falta-nos apenas mudar de política. O partido não importa.
A Câmara Municipal é para governar a Capital e não para ser faxina da Cidade.
O resultado está à vista e muitas criticas são feitas hoje à toa, por isso injustas apenas porque os procedimentos em matéria de saneamento não são os adequados. A Praia Maria pode mesmo ter outra pinta.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Contra Os Thugs, Marchar! Marchar!

Bastou que um bloguer experimentasse o fel dos caço-body para que se realize dia 14 um cortejo a chamar a atenção para a praga que vem incomodando Cabo Verde há vários anos.

Chatice e perigo à parte de se ser assaltado (já o fomos por 5 vezes e nunca levaram um frango, um peixe ou um kg de carne, só whisky, grogue e trocos) esse acontecimento tem uma virtude: muitos blogueres e comentadores disserem de sua justiça ou pelo menos deram-lhe atenção.
Culpas para a polícia, culpas para o governo, culpas para o Ministro da Administração Interna, culpas para ali e culpas para acolá. E soluções também, a mais fácil é povoar as ruas de polícia e tornar Lei mais dura, muito dura.
Só que há um pequeno problema no meio disto tudo: a origem da praga.
Esta praga não se combate com DDT mas mudando o estado da economia do País e a forma como vivem as pessoas nas fraldas da cidade.
A economia do País tem que promover a instalação de empresas de todo o tipo acabando com a ditadura dos impostos e o calvário da burocracia.
O Estado tem que ter a exacta medida do tamanho necessário e não esse monstro em forma de esgoto donde todos vivem.
Só por causa dos votos não se pode deixar as pessoas viverem umas por cima das outras em bairros clandestinos onde impera a mais vil das promiscuidades.
A sociedade não pode continuar a alimentar a maior das hipocrisias em relação à droga, essa ociosa ostentação de duplexs e potentes jeeeps de vidros fumados.
As noites cabo-verdianas têm que ter limite, os jovens e adolescentes não podem povoar as noites de eternas paródias, tem que haver um amanhã dia de trabalho.
Que se ilumine ruas, não é difícil. Que se reforce a vigilância policial, também não é difícil. Mas sobretudo que se definam programas de desenvolvimento económico, pelo menos quatro, todos eles simples: replantar Cabo Verde com Purgueira para a produção de biodiesel para que muita gente abandone a cidade e regresse ao mundo rural; se incentive a agricultura intensiva até na área da floricultura para exportação; se incentive e desenvolva a piscicultura como forma de melhorar a vida nas zonas ribeirinhas; que se construam habitações condignas para que as pessoas que moram entulhadas possam mudar de vida.
Se houver bonés e camisolas os thugs também estarão na manif para receber as suas.
A manifestação de sexta-feira será apenas um sinal de vida democrática. Oxalá esteja presente muita gente.

sábado, 8 de dezembro de 2007

O Sono Cabo-verdiano

(Purgueiral em Salineiro - 100 ha)

Plantação efectuada pelo Ministério da Agricultura há vários anos no sentido de promover uma (cooperativa) pequena indústria de sabão. O objectivo não foi atingido e a plantação foi "abandonada". Mas a Purgueira não se importou e resistiu heroicamente. Nesta altura deixou cair as folhas e espera melhores dias, isto é, menos vento. O lugar é árido, pedrogoso e muito exposto ao vento. Toneladas de sementes estão espalhadas pelo chão. Este é o ouro verde que Cabo Verde teima desprezar.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Com Vista Para O Sucupira

Digam o que disserem mas esta obra é a valer. Em tudo o que ela possa significar: emblema, acrescento económico, afirmação de desenvolvimento e muitas outras rubricas. Mas há uma que ninguém fala, mas falo eu, que é a representação imediata e incontornável do mais comum dos provincianismos. Não a obra em si porque a peça está bem desenhada, naturalmente bem calculada, bem pensada e é, há de ser, uma bonita obra de arquitectura. Ninguém ficará indiferente à sua presença e daqui por cinquenta anos ninguém imaginará a cidade sem aquela “peça emblemática”.
O que ninguém duvida é que há nos praienses, em Santiago, em Cabo Verde, uma ansiedade escondida. O desejo de mudança nem que seja a olhos vistos. Com razão, porque mesmo com um governo municipal e um orçamento invejável, a Praia parece não ter dia de perder esta tonalidade de pobreza triste.
Daí a grande necessidade do anúncio “Praia Towers” e da bombástica notícia de que a Praia “irá ter as suas torres gémeas”, finalmente! “ Uma imagem emblemática” para o devir.
Aquela que seria a sua maior imagem emblemática: o asseio, a segurança, a história, a arborização, a luz e a forma dos edifícios, o bem-estar dos cidadãos, a urbanização, a Praia sonhada, a Capital culta e global, não aconteceu em 32 anos.
Para esta “imagem emblemática”, esta Praia Towers, real, concreta, calculada e distante porque do outro mundo, serão apenas necessários 2 anos.
Eu quero subir nas suas entranhas, deliciar-me com todas as ofertas, elogiar a obra e a inteligência e no último piso descansar e contemplar, com mágoa, esta cidade sempre adiada.