sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Estado Da Nação.

Agora vivemos num sistema pluripartidário, isto é, os que representam o povo são eleitos por voto secreto e não de braço no ar e também representam partidos diferentes. Mas os tiques de poder são os mesmos de sempre. A cola que os apega aos assentos da Assembleia é a mesma agora como era há trinta anos. A maioria deles transformou o estatuto de deputado em profissão para o resto da vida. Para ajudar a inutilidade da esmagadora maioria das discussões eles, quase todos, conhecem-se desde a escola primária, são primos, vizinhos, compadres e alguns foram criados na casa uns dos outros. Isto tem vantagens e desvantagens. A desvantagem é que passam a maior parte do tempo em picardias e desgarradas de rapazinhos como quando brincavam à bola perto de casa deixando a discussão do Estado da Nação para nós. A vantagem é que a discussão não passa daí. Talvez fosse mais proveitoso passar a discussão do Estado da Nação para fora da Assembleia. Não seria má ideia. Usando uma linguagem ministerial muito em voga, a democracia registaria ganhos.

Pulguita, A Linguarada.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Chove Em Santiago.



Não nos faz falta, a não ser para lavar ruas e achadas. Temos dessalinizadores, importamos comida e apoios internacionais não nos faltam. Que mais queremos? Somos ricos. Mas pelo sim pelo não é melhor que continue a cair todos os anos, talvez um dia faça falta. Seja bem-vinda princesa dos céus.


terça-feira, 21 de julho de 2009

Partir.

Quanto mais longa a caminhada mais cedo se deve partir. Tal como há 50 mil anos, no século XV ou há 40 anos, é urgente partir para novos mundos. Somos filhos das Estrelas e com elas continuaremos a viajar porque no esplendor de outros mundos vamos construir a nossa casa.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Com Muito Interesse

Coral Vermelho um blogue a seguir.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Coisas Sem Interesse

Podemos por enquanto registar a escrita, a imagem, o objecto, o som. Mas o odor, o sentimento, a emoção e o tempo não. Essas são coisas só nossas que desaparecem connosco. Podemos tentar descreve-las mas não conseguimos dar-lhes uma interpretação ou uma “imagem”. São como um universo imperceptível para os outros apesar de muito próximo dos seus próprios universos. É o mundo que herdamos desde que nascemos até ao último instante. Só nosso. Uma experiência única.

Com esta pasta de couro que o meu pai fez, fui pela primeira vez à escola. Dentro dela a minha mãe colocou uma ardósia, “pedra”, um frasquinho de vidro com água, um pedacinho de esponja, um lápis de grafite, uma borracha vermelha e um caderno de duas linhas. As primeiras ferramentas que moldaram a minha vida.


Extrenato na Ilha de Santa Maria, Açores - 1965. A Escola tinha o espaço e o tempo de sonhar.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A Frase Da Semana.

"África precisa de se libertar dos seus libertadores."
(José Filomeno - no programa "Visão Global")

sábado, 11 de julho de 2009

Sem Perdão Futuro

Ontem no telejornal da noite o nosso embaixador na China, pomposo e tranquilo, porque nunca responderá pelos actos do governo, anunciou, intercalado por imagens de gente cordial em troca de salamaleques e elogios culturais, que decorre o “contrato de contrapartidas” para cedência de exploração da nossa ZEE (Zona Económica Exclusiva) à frota de pesca chinesa encapotada, adivinho, por uma empresa estatal chinesa.
A ZEE de Cabo Verde representa em área 12% da “ZEE” chinesa. É, sem dúvida um dos grandes negócios chineses a ocidente que tem vindo a ser conduzido por aquela emergente potência com a lendária paciência que os caracteriza.
O troco dessa irresponsabilidade cabo-verdiana é (tem sido) umas obras públicas “imprescindíveis”, dizem, ao desenvolvimento do País, bolsas de estudo, aumento do consumo de produtos baratos geradores de economia (paralela) e sobretudo, afirmam, “um trilhar de interesses comuns e fraternos aos dois povos”.
Pelas minhas contas essa fraternidade durará talvez 10 anos. O tempo suficiente para a limpeza em larga escala da ZEE cabo-verdiana.
Tenho esperança que uma grande parte dos bons filhos desta terra, incluindo o Presidente da República, se indigne e impeça tão desastroso negócio para o futuro de Cabo Verde.
Por todo o mundo cada vez mais países impõem apertadas regras na defesa dos seus recursos marinhos numa tentativa desesperada de reparar os grandes erros cometidos no passado século que destruiu irremediavelmente grande parte da biodiversidade marinha no planeta. Em Cabo Verde apenas por preguiça política de reestruturar e repensar o sector das pescas, tão vital para a sobrevivência futura do País, é que se cede ao assédio predador de uma grande potência.
Cabo Verde quando acordar desta anestesia será tarde demais e as gerações futuras não perdoarão tamanha negligência.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

BOMMAR

Hoje



sábado, 4 de julho de 2009

BOMMAR

Há um ano