sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Estado Da Nação.

Agora vivemos num sistema pluripartidário, isto é, os que representam o povo são eleitos por voto secreto e não de braço no ar e também representam partidos diferentes. Mas os tiques de poder são os mesmos de sempre. A cola que os apega aos assentos da Assembleia é a mesma agora como era há trinta anos. A maioria deles transformou o estatuto de deputado em profissão para o resto da vida. Para ajudar a inutilidade da esmagadora maioria das discussões eles, quase todos, conhecem-se desde a escola primária, são primos, vizinhos, compadres e alguns foram criados na casa uns dos outros. Isto tem vantagens e desvantagens. A desvantagem é que passam a maior parte do tempo em picardias e desgarradas de rapazinhos como quando brincavam à bola perto de casa deixando a discussão do Estado da Nação para nós. A vantagem é que a discussão não passa daí. Talvez fosse mais proveitoso passar a discussão do Estado da Nação para fora da Assembleia. Não seria má ideia. Usando uma linguagem ministerial muito em voga, a democracia registaria ganhos.

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