Mensagem
Fizeram bem os Presidentes José Veiga e Manuel de Pina, o primeiro da Comissão Instaladora e o segundo eleito pela Câmara da Ribeira Grande de Santiago da Cidade Velha empenharem-se para juntar à longa lista da UNESCO a classificação da localidade a Património Histórico da Humanidade. Fez bem a UNESCO aprovar tal classificação não por mérito, como se tem escrito, mas por imposição histórica. Mais tarde ou mais cedo não haveria volta a dar a um dos grandes berços da globalização humana.
À parte a algazarra festiva do povo e alguns “culturais” que não sabem o que significa a palavra património, fez-se a festa que mereceu o divertimento e pouco mais.
Toda a gente acorreu ao arraial incluindo muitos escuteiros da cultura e muitos entendidos em negócios de cultura.
Todos esses escuteiros de ocasião escrevem pomposamente que a Cidade Velha não é património da Humanidade agora, sempre foi. Como se todos os lugares reconhecidos e por reconhecer não o são ou tivessem sido sempre e sem perceberem por isso o que significa a decisão da UNESCO. Com razão enchem o discurso de “o berço da caboverdianidade”, mas desde sempre abandonaram a Cidade Velha à sua sorte e ao absoluto desprezo. Muitos intelectuais e políticos laicos, e a Igreja Católica (Diocese) que agora se põe em bicos de pés pouco, mas muito pouco, fizeram pelo “berço da caboverdianidade” em tudo até na vertente material. Quase tudo é escombros e maus-tratos. E isto também é cultura.
Não é preciso ir muito longe, basta visitar a primeira Igreja Cristã a Sul do Saara, Nª Senhora da Luz nesta Ilha de Santiago, construída muito antes da alternativa Cidade Velha, para nos indignarmos com o desleixo e atentado à nossa memória colectiva, sempre e apenas por desprezo e pobre cultura que a Diocese e os vendedores da cabovernidade de ocasião fazem ao nosso património colectivo.
A Cidade Velha é apenas um dos patrimónios cabo-verdianos, neste caso um património da história de muitas e diferentes culturas e vivências humanas. Mas Cabo Verde, ele próprio, tem que mudar de atitude e resguardar, estimar e proteger muitos outros patrimónios: os seus recursos naturais marinhos e agrícolas, ou seja, os seus recursos renováveis e, acima de tudo o maior de todos os seus recursos, as pessoas.
A inscrição da Cidade Velha no rol de património histórico da Humanidade vai ajudar a mudar a imagem que os cabo-verdianos têm de si próprios. Também por isso a decisão da UNESCO foi importante.
À parte a algazarra festiva do povo e alguns “culturais” que não sabem o que significa a palavra património, fez-se a festa que mereceu o divertimento e pouco mais.
Toda a gente acorreu ao arraial incluindo muitos escuteiros da cultura e muitos entendidos em negócios de cultura.
Todos esses escuteiros de ocasião escrevem pomposamente que a Cidade Velha não é património da Humanidade agora, sempre foi. Como se todos os lugares reconhecidos e por reconhecer não o são ou tivessem sido sempre e sem perceberem por isso o que significa a decisão da UNESCO. Com razão enchem o discurso de “o berço da caboverdianidade”, mas desde sempre abandonaram a Cidade Velha à sua sorte e ao absoluto desprezo. Muitos intelectuais e políticos laicos, e a Igreja Católica (Diocese) que agora se põe em bicos de pés pouco, mas muito pouco, fizeram pelo “berço da caboverdianidade” em tudo até na vertente material. Quase tudo é escombros e maus-tratos. E isto também é cultura.
Não é preciso ir muito longe, basta visitar a primeira Igreja Cristã a Sul do Saara, Nª Senhora da Luz nesta Ilha de Santiago, construída muito antes da alternativa Cidade Velha, para nos indignarmos com o desleixo e atentado à nossa memória colectiva, sempre e apenas por desprezo e pobre cultura que a Diocese e os vendedores da cabovernidade de ocasião fazem ao nosso património colectivo.
A Cidade Velha é apenas um dos patrimónios cabo-verdianos, neste caso um património da história de muitas e diferentes culturas e vivências humanas. Mas Cabo Verde, ele próprio, tem que mudar de atitude e resguardar, estimar e proteger muitos outros patrimónios: os seus recursos naturais marinhos e agrícolas, ou seja, os seus recursos renováveis e, acima de tudo o maior de todos os seus recursos, as pessoas.
A inscrição da Cidade Velha no rol de património histórico da Humanidade vai ajudar a mudar a imagem que os cabo-verdianos têm de si próprios. Também por isso a decisão da UNESCO foi importante.
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